Notícia
Nunes da Silva: Há dois pelouros da Mobilidade na Câmara de Lisboa
Vereador da Mobilidade estranha que todas as decisões relativas à mobilidade eléctrica sejam da responsabilidade do vereador José Sá Fernandes, que tem o pelouro do Ambiente Urbano.
Em declarações ao Negócios, Fernando Nunes da Silva – que votou contra o aluguer de 70 carros eléctricos para a Câmara de Lisboa – sublinhou a "contradição" que existe na autarquia em termos de Mobilidade.
"Continuamos a ter, na prática, dois pelouros da mobilidade: o pelouro da mobilidade tradicional [de Nunes da Silva], e depois um pelouro da mobilidade que intervém quando se trata de mobilidade eléctrica ou de bicicletas [de Sá Fernandes]".
"Não faz muito sentido, porque a mobilidade é só uma e todos os nossos transportes têm de ser enquadrados de forma coerente, para tirar o melhor partido de cada um deles, e também para que haja uma acção concertada", sublinhou o também professor do Instituto Superior Técnico.
Esta situação – que se deve ao facto de "uma parte da vereação actual provir do mandato anterior" – dá origem a falta de articulação nas temáticas ligadas à mobilidade. "Por vezes conseguimos acertar agulhas, porque temos tempo para as discutir. Noutras alturas isso não acontece", esclareceu.
O vereador opôs-se hoje ao aluguer de 70 carros eléctricos, precisamente, por entender que "não houve discussão política sobre as alternativas a este aluguer", que terá um custo de 3,2 milhões de euros.
A oposição na Câmara de Lisboa – à excepção do PCP, que se absteve – votou contra a aprovação da abertura do concurso público de aluguer. PSD e CDS votaram contra, tal como fez o vereador Fernando Nunes da Silva. A maioria PS votou a favor mas Luísa Jacobetty, que substituiu Helena Roseta, saiu da sala no momento da votação, o que permitiu que houvesse um empate, desfeito pelo voto de qualidade de António Costa, que aprovou o aluguer.
"Continuamos a ter, na prática, dois pelouros da mobilidade: o pelouro da mobilidade tradicional [de Nunes da Silva], e depois um pelouro da mobilidade que intervém quando se trata de mobilidade eléctrica ou de bicicletas [de Sá Fernandes]".
"Não faz muito sentido, porque a mobilidade é só uma e todos os nossos transportes têm de ser enquadrados de forma coerente, para tirar o melhor partido de cada um deles, e também para que haja uma acção concertada", sublinhou o também professor do Instituto Superior Técnico.
O vereador opôs-se hoje ao aluguer de 70 carros eléctricos, precisamente, por entender que "não houve discussão política sobre as alternativas a este aluguer", que terá um custo de 3,2 milhões de euros.
A oposição na Câmara de Lisboa – à excepção do PCP, que se absteve – votou contra a aprovação da abertura do concurso público de aluguer. PSD e CDS votaram contra, tal como fez o vereador Fernando Nunes da Silva. A maioria PS votou a favor mas Luísa Jacobetty, que substituiu Helena Roseta, saiu da sala no momento da votação, o que permitiu que houvesse um empate, desfeito pelo voto de qualidade de António Costa, que aprovou o aluguer.