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Número de trabalhadores portugueses na Alemanha aumentou 5,9% até Maio

O número de portugueses a trabalhar na Alemanha aumentou 5,9% até finais de Maio de 2012, em relação ao ano anterior, atingindo os 55.600, segundo levantamento divulgado hoje pela Agência Federal do Trabalho (BA).

09 de Agosto de 2012 às 16:50
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As autoridades alemãs atribuíram o referido aumento, muito acima da média nacional de 1,6 por cento no mesmo período, ao desemprego e à falta de perspectivas de emprego em Portugal, e ainda à evolução positiva do mercado de trabalho no país de acolhimento.

Esta tendência foi ainda mais acentuada entre trabalhadores espanhóis e gregos na Alemanha, que no prazo de um ano aumentaram, respectivamente, 11,5% (para 46 mil no total) e 9,8% (para 117.700).

Este fenómeno está igualmente ligado, segundo a BA, ao elevado desemprego na Espanha e na Grécia, que é ainda superior aos 15,4% em Portugal, e ultrapassa os 20%.

Quanto ao número de italianos a trabalhar na Alemanha, subiu 4,2% até Maio, atingindo 232.800.

No que se refere ao desemprego na Alemanha entre estas nacionalidades do sul da Europa, o dos italianos foi o que mais desceu, 6,4%, enquanto o desemprego entre os espanhóis subia 10,5% desde Junho de 2011, e entre os gregos 4,1%.

No que toca ao desemprego dos portugueses, manteve-se praticamente estacionário, com uma ligeira descida, e havia em maio cerca de 8.500 pessoas à procura de trabalho, quase tantas como há um ano, indicou também a BA.

A taxa de desemprego na Alemanha situava-se nos 6,7%, em Julho, e é uma das mais baixas da União Europeia, mas as variações entre os 16 Estados federados são grandes. As regiões do sul e do sudoeste, como a Baviera e Baden-Wuerttemberg, fortemente industrializadas, apresentam taxas abaixo dos 5%, e o leste do país, menos desenvolvido, taxas acima dos 10%.

A BA tem chamado a atenção para a falta de mão-de-obra especializada, sobretudo de engenheiros, médicos, informáticos, mas também de enfermeiros e auxiliares de enfermagem e operários especializados, mas também deixou claro que, sem conhecimentos de língua alemã, as candidaturas de estrangeiros da União Europeia não têm praticamente hipóteses de sucesso, quer nestas, quer noutras áreas de actividade.

Nas profissões de nível académico, onde a comunicação decorre em Inglês, sobretudo nas grandes empresas, o panorama é diferente.

Muitas multinacionais germânicas não hesitam mesmo em promover acções de recrutamento no estrangeiro para angariar os quadros técnicos de que necessitam, facultando-lhes depois aulas de alemão no país de acolhimento.



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