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Novo Governo toma posse depois de 20 de fevereiro
Edite Estrela deverá substituir Ferro Rodrigues na Presidência da Assembleia da República e Ana Catarina Mendes deverá manter-se na liderança da bancada. Elenco do próximo Governo pode ter poucas caras novas, mas com mudanças de pasta. O gabinete do primeiro-ministro diz que os nomes que circulam são "pura especulação".
Após as eleições legislativas - que deram ao PS uma inesperada maioria absoluta - António Costa começa agora a desenhar o elenco do próximo Governo e a definir quem ocupará os cargos de destaque no Parlamento. Escolhas que o primeiro-ministro vai apresentar ao Presidente da República depois do dia 20 de fevereiro, diz uma nota oficial do Primeiro-Ministro enviada às redações esta terça-feira.
Já na segunda-feira à noite, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, tinha dito na CNN que a tomada de posse do novo Governo só iria acontecer depois de 19 de fevereiro, daqui a três semanas.
Entretanto, entre esta terça e quarta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir os oito partidos que conseguiram representação parlamentar nestas legislativas para indigitar o primeiro-ministro.
Sobre a nova equipa de Governo e para o Parlamento há já nomes a circular. O gabinete do primeiro-ministro diz que são "puras especulações, sem fonte credível", mas há nomes que começam a ganhar força.
Para já, o nome em cima da mesa que é apontado para substituir Ferro Rodrigues na Presidência da Assembleia da República é Edite Estrela, avança esta terça-feira o Diário de Notícias. A liderança da bancada parlamentar socialista – que cresceu de 108 para 117 lugares – deverá continuar a ser liderada por Ana Catarina Mendes. A ex-presidente da Distrital de Setúbal e militante há mais de 25 anos não deverá ocupar um cargo no Governo para não fazer parte do elenco juntamente com o seu irmão, António Mendonça Mendes, que se deverá manter na secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais. Após a polémica dos cargos governativos ocupados por ligações familiares, o Familygate, António Costa deverá querer evitar novo desgaste, aponta o DN.
Possíveis mudanças no Governo
De saída do Governo estão, para já, a ministra da Justiça Van Dunem, que já assumiu publicamente que não vai continuar a fazer parte do próximo Executivo. Também a Administração Interna vai ser ocupada por um novo ministro, após a demissão de Eduardo Cabrita.
A continuação de João Leão na pasta das Finanças ainda não é certa, diz o DN, que refere que o PM pode pensar em Fernando Medina para ocupar o cargo, mas no PS há quem pense que após a derrota na Câmara de Lisboa ainda é cedo para o regresso do delfim de Costa.
A ministra da Saúde, Marta Temido só sairá do cargo se assim o quiser. Também Augusto Santos Silva, João Cravinho Gomes, Siza Vieira e Pedro Nuno Santos parecem seguros nos seus ministérios, respetivamente Negócios Estrangeiros, Defesa, Economia e Infraestruturas. Também o ministro do Ambiente deverá manter-se na mesma pasta, diz a Sic.
Quem pode estar de saída é Graça Fonseca, ministra da Cultura, Maria do Céu Antunes na Agricultura, Ricardo Serrão com o Mar e Manuel Heitor que está com a pasta da Ciência e Ensino Superior, sendo que já nas últimas eleições, em 2019, o ministro tinha manifestado a vontade de sair.
Para assumir a Agricultura o DN aponta Capoulas Santos, que foi cabeça de lista em Évora e para a Ciência e Ensino Superior a possibilidade é Tiago Brandão Rodrigues, que sairia da Educação, sendo substituído por Mariana Vieira da Silva, que foi adjunta de Maria de Lurdes Rodrigues na pasta da Educação. Outra possibilidade para assumir os comandos desta que é uma das pastas mais quentes do Governo é o atual secretário de Estado João Costa.
Alexandra Leitão, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública também poderá mudar de pasta, havendo a possibilidade de assumir a Justiça ou a Presidência do Conselho de Ministros.
Sobre o Mar ou a Cultura o DN não avança qualquer nome, mas aponta que os ministros deverão estar de saída, "no primeiro caso por inexistência pública e no segundo por inabilidade política", escreve o jornal.
As fusões do próximo Executivo poderão acontecer entre o Planeamento e a Coesão territorial. Recorde-se que António Costa já fez saber que a organização da próxima equipa será "mais curta, renovada e ágil, com um novo modelo de Governo".