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Nova Iorque aponta aos edifícios de luxo para atenuar problema dos sem-abrigo

A procura por soluções para a crescente população sem-abrigo na cidade de Nova Iorque colocou prédios de luxo na mira de autoridades.

23 de Fevereiro de 2020 às 14:00
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Empresas que recebem incentivos fiscais para construir torres com salas de ioga e mesas de bilhar, na condição de alugarem algumas unidades com preços mais acessíveis, serão agora obrigadas a ocupar esses apartamentos com residentes de abrigos, caso não encontrem inquilinos através de um sorteio de habitações acessíveis.

regra aplica-se a cerca de 200 unidades que estavam desocupadas até sexta-feira, de acordo com o Departamento de Preservação e Desenvolvimento de Moradias da cidade.

"Este governo está a identificar formas novas e criativas" de diminuir a população sem-abrigo, disse Matthew Creegan, porta-voz do departamento. "Vimos uma oportunidade de oferecer habitação permanente de alta qualidade a alguns dos nossos sem-abrigo e estamos a aproveitar isso."

O alojamento em alguns edifícios pode começar já esta semana. As unidades serão limitadas a famílias em abrigos que podem viver de forma independente e não aos sem-abrigo que precisam de serviços ou apoio social extra, disse Creegan. As rendas à empresa serão pagos pela cidade.

As regras afetarão principalmente edifícios onde as unidades acessíveis são designadas para inquilinos de classe média: de pessoas solteiras que ganham até 97.110 dólares por ano a famílias de três membros com um rendimento total anual de 124.930 dólares, de acordo com as diretrizes da cidade.

 

A medida inclui o The Dime, uma torre no bairro Williamsburg, Brooklyn, com campo de basquetebol e bar. Existem 19 estúdios no edifício que serão alugados por 2.116 dólares por mês e 24 T1 por 2.270 dólares, de acordo com o anúncio da loteria.

 

No Essex Crossing, no Lower East Side, em Manhattan, os T1 estão disponíveis por 1.912 dólares e 2.717 dólares, dependendo dos rendimentos do candidato.

As rendas acessíveis para residentes de classe média estão apenas um pouco abaixo da média do mercado, tornando-as uma opção atrativa para as promotoras que optam pelo programa de isenção de impostos, disse Jordan Bardach, diretor de operações da City5, consultora que presta serviços a construtoras interessadas nos incentivos.

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