"Globalmente vai no sentido correcto. É preciso que tenha os instrumentos disponíveis. Vai ser muito importante o Ministério das Finanças ter o primeiro-ministro do lado dele". É o comentário de António Nogueira Leite, ex secretário de Estado do Tesouro e Finanças, a propósito do OE 2007, depois de ter visto os primeiros números.

Entre os instrumentos refere a concretização da reforma da administração pública porque "cortar a direito não é sustentável a prazo porque os cortes têm que ser onde há gorduras e não em todo o lado".

Sublinha que o cenário macroeconómico, nomeadamente a previsão de crescimento de 1,8% para 2007, "está dentro do razoável com os conhecimentos que se têm neste momento". "Como em todos os orçamentos há sempre uma tendência, nos períodos difíceis, de atirar para os limites superiores do intervalo mas parece-me razoável".

Entre outros destaca que "a ajustamento está projectado do lado da despesa" e que "se projecta para o final do ano, com uma execução que me parece difícil, um saldo primário ajustado do ciclo marginalmente positivo".