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Municípios querem rever fórmula de cálculo do IMI

Um ano e meio depois de ter entrado em vigor a reforma da tributação do património, municípios e proprietários estão a contestar os critérios definidos para a avaliação patrimonial dos imóveis, por criarem «disparidades injustificáveis». Indicadores que s

13 de Junho de 2005 às 08:59
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Um ano e meio depois de ter entrado em vigor a reforma da tributação do património, municípios e proprietários estão a contestar os critérios definidos para a avaliação patrimonial dos imóveis, por criarem «disparidades injustificáveis». Indicadores que se reflectem no valor do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e no Imposto Municipal sobre Transacções (IMT).

«Estamos a aconselhar os municípios a proporem uma revisão dos coeficientes de localização", disse ao «Diário de Notícias» o presidente da Associação dos Municípios Portugueses, que hoje mesmo dará início a esse processo na sua autarquia, Viseu. «Descobrimos situações em que o valor patrimonial definido, pela aplicação da fórmula de cálculo, é superior ao valor efectivo da compra», referiu Fernando Ruas.

O autarca considera que essas situações estão a criar uma «legítima revolta» em alguns proprietários. E, acrescenta, «há casos em que para a mesma situação, repartições de Finanças diferentes encontram valores distintos».

Em Viseu, por exemplo, «não concordo com os coeficientes intraconcelhios que estão a ser aplicados, pois, sem qualquer critério justificável, no limite de uma freguesia é aplicado um valor de 1,7 e logo a seguir passa para 1,2».

De acordo com as Finanças, as reclamações apresentadas pelos proprietários não superam 5% do total das 437 433 avaliações feitas até ao momento. Mesmo assim, isso significa que cerca de 20 mil proprietários já contestaram o valor patrimonial atribuído pelas Finanças aos seus imóveis.

A Associação Nacional dos Municípios enjeita qualquer responsabilidade na definição dos coeficientes de localização , «pois foram definidos por portaria, com base no trabalho de peritos indicados pelas Finanças».

Mas as Finanças, numa nota de imprensa, respondem que os mesmos «foram fixados por um órgão independente da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos», onde também está representada aquela associação.

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