Notícia
Medina quer reflexão mas não imediata sobre cálculo das pensões
Para o Ministro das Finanças, "é necessário fazer um debate relativamente à situação estrutural", mas não para já. O Expresso adianta esta sexta-feira que a intenção do Executivo será mesmo alterar a fórmula de cálculo das pensões.
09 de Setembro de 2022 às 11:04
O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu hoje uma reflexão sobre a forma de cálculo das pensões, mas rejeitou que esta seja "feita de imediato, de forma rápida", para que esta mudança seja feita "com toda a ponderação".
"Estamos verdadeiramente numa situação excecional e, por isso, é uma reflexão para se fazer, [mas] não é uma reflexão que vá ser feita de imediato, de forma rápida, de forma a ser ponderada e a ser debatida com toda a sua ponderação", disse Fernando Medina, falando na chegada à reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro, na cidade checa de Praga.
Para o governante, "é necessário fazer um debate relativamente à situação estrutural", mas não para já. O Expresso adianta esta sexta-feira que a intenção do Executivo será mesmo alterar a fórmula de cálculo das pensões.
"Nós anunciámos um apoio extraordinário aos pensionistas no valor de meia pensão que receberão no mês de outubro, anunciámos também os aumentos para o ano de 2023, que serão os maiores aumentos desde há pelo menos 15 anos, desde que existe fórmula de cálculo de pensões, e essas são as duas decisões que o Governo anunciou, não anunciou mais nenhuma decisão", recordou Fernando Medina.
Lembrando que acompanhou na altura a reforma da Segurança Social, em 2000, o ministro das Finanças destacou o "contexto que se viveu à época, [...] de contexto económico de crescimento e de inflação muito diferente daquele que se vive".
"Nós vivemos durante muitos anos num contexto de inflação baixa e também de crescimento baixo e a fórmula estava desenhada para esses momentos e, nos últimos anos, a fórmula, na prática, não foi cumprida porque previa aumentos demasiados baixos ou até deflação", explicou Fernando Medina.
Agora, "estamos num ano absolutamente excecional, com a inflação em alta, e creio que todos compreendem que nós não podemos, por um ano excecional, com circunstâncias absolutamente excecionais, [...] diminuir as suas condições de sustentabilidade da segurança social e das finanças públicas", adiantou.
Fernando Medina lembrou ainda o agora anunciado "apoio extraordinário aos pensionistas, que é muito importante para a vida de milhões de pessoas", e que "cumpre integralmente aquilo que estava previsto se decorresse da aplicação estrita da fórmula em 2023".
O Governo apresentou esta segunda-feira um pacote de medidas para apoiar os rendimentos devido ao aumento da inflação.
O pacote de medidas aprovado pelo Executivo contempla o pagamento, em outubro, de um valor extra equivalente a meia pensão e chegará a 2,7 milhões de pensionistas, a que se somará uma atualização, a aplicar no início de 2023, que vai oscilar entre os 4,43% e os 3,53% consoante o valor da pensão.
"Estamos verdadeiramente numa situação excecional e, por isso, é uma reflexão para se fazer, [mas] não é uma reflexão que vá ser feita de imediato, de forma rápida, de forma a ser ponderada e a ser debatida com toda a sua ponderação", disse Fernando Medina, falando na chegada à reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro, na cidade checa de Praga.
"Nós anunciámos um apoio extraordinário aos pensionistas no valor de meia pensão que receberão no mês de outubro, anunciámos também os aumentos para o ano de 2023, que serão os maiores aumentos desde há pelo menos 15 anos, desde que existe fórmula de cálculo de pensões, e essas são as duas decisões que o Governo anunciou, não anunciou mais nenhuma decisão", recordou Fernando Medina.
Lembrando que acompanhou na altura a reforma da Segurança Social, em 2000, o ministro das Finanças destacou o "contexto que se viveu à época, [...] de contexto económico de crescimento e de inflação muito diferente daquele que se vive".
"Nós vivemos durante muitos anos num contexto de inflação baixa e também de crescimento baixo e a fórmula estava desenhada para esses momentos e, nos últimos anos, a fórmula, na prática, não foi cumprida porque previa aumentos demasiados baixos ou até deflação", explicou Fernando Medina.
Agora, "estamos num ano absolutamente excecional, com a inflação em alta, e creio que todos compreendem que nós não podemos, por um ano excecional, com circunstâncias absolutamente excecionais, [...] diminuir as suas condições de sustentabilidade da segurança social e das finanças públicas", adiantou.
Fernando Medina lembrou ainda o agora anunciado "apoio extraordinário aos pensionistas, que é muito importante para a vida de milhões de pessoas", e que "cumpre integralmente aquilo que estava previsto se decorresse da aplicação estrita da fórmula em 2023".
O Governo apresentou esta segunda-feira um pacote de medidas para apoiar os rendimentos devido ao aumento da inflação.
O pacote de medidas aprovado pelo Executivo contempla o pagamento, em outubro, de um valor extra equivalente a meia pensão e chegará a 2,7 milhões de pensionistas, a que se somará uma atualização, a aplicar no início de 2023, que vai oscilar entre os 4,43% e os 3,53% consoante o valor da pensão.