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"Medina e Costa ainda devem explicações ao país", defende BE

Bloquistas consideram que demissão de Pedro Nuno Santos não encerra o caso e defendem que António Costa deve, em nome do Governo, explicações já.

Pedro Catarino
29 de Dezembro de 2022 às 11:57
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O Bloco de Esquerda juntou-se ao coro de críticas ao Governo, na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos, ministro dos Transportes, Infraestruturas e Habitação, devido à polémica com a indemnização paga pela TAP a Alexandra Reis, que no início do mês assumiu o cargo de secretária de Estado do Tesouro.

Para o Bloco de Esquerda, a demissão do agora ex-ministro das Infraestruruas não encerra a polémica. "Fernando Medina e António Costa ainda devem explicações ao país e a demissão de Pedro Nuno Santos não esgota este caso", vincou Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do BE. 

Os bloquistas exigem explicações do líder do Executivo, defendendo que estas devem ser feitas já. "Exigimos que o Governo venha já, pela voz do primeiro-ministro, dar resposta a estas matérias: sobre a legalidade dos pagamentos a Alexandra Reis, sobre o regime de privilégio da TAP, sobre a forma como existe aparentemente a condução de um percurso de alguém que chega a membro do Governo ou não sendo escrutinada devidamente ou sendo aceite um percurso que é questionável e moralmente repreensível". 

A maioria absoluta do PS tem sido marcada por sucessivas polémicas, sendo a mais recente em torno de um acordo entre a TAP - que se encontra em processo de restruturação - e Alexandra Reis, que em fevereiro deixou a administração da companhia aérea, com uma indemnização de 500 mil euros. Pouco depois assumiu o cargo de presidente da NAV, que tal como a TAP é tutelada pelos ministérios das Finanças e das Infraestruturas e Habitação, antes de em dezembro ser convidada para secretária de Estado do Tesouro - cargo que ocupou apenas durante 26 dias.

Para o Bloco de Esquerda "há um regime de privilégio da TAP que é inexplicável", não sendo compreensível que o Ministério das Finanças se escuse dizendo que não tinha conhecimento do caso.

"Falta rumo para o país e quando não há rumo definido, claramente o Governo perde-se em todos estes casos. Um Governo que não tem um projeto para o país é um Governo que entrega também instabilidade política e um primeiro-ministro que falha em trazer tranquilidade à vida dos portugueses", concluiu.
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