Notícia
Marcelo envia lei da Eutanásia para o Tribunal Constitucional
Presidente da República diz querer assegurar que o diploma, que em 2021 foi considerado inconstitucional pelo Tribunal Constitucional e que "foi substancialmente alterado pela Assembleia da República", corresponde às exigências formuladas na altura.
"Tendo presente que, em 2021, o Tribunal Constitucional formulou, de modo muito expressivo, exigências ao apreciar o diploma sobre morte medicamente assistida – que considerou inconstitucional – e que o texto desse diploma foi substancialmente alterado pela Assembleia da República, o Presidente da República requereu a fiscalização preventiva do Decreto n.º 23/XV, acabado de receber, para assegurar que ele corresponde às exigências formuladas em 2021", refere a nota.
"Não obstante, quanto ao acesso dos cidadãos aos serviços públicos de Saúde, para a efetiva aplicação desse regime substantivo, o diploma só se refere a estruturas competentes exclusivamente no território do Continente (Serviço Nacional de Saúde, Inspeção-Geral das Atividades de Saúde, Direção-Geral de Saúde), em que não cabem as Regiões Autónomas. O que significa que diploma complementar, que venha a referir-se aos Serviços Regionais de Saúde, que são autónomos, deverá, obviamente, envolver na sua elaboração os competentes órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira", acrescenta.
O diploma da lei da Eutanásia, que despenaliza a morte medicamente assistida, foi chumbado em março de 2021 pelo Tribunal Constitucional, que apontou "conceitos excessivamente indeterminados, na definição dos requisitos de permissão da despenalização da morte medicamente assistida, e consagra a delegação, pela Assembleia da República, de matéria que lhe competia densificar".
Mais de um ano volvido desde que foi chumbado pelo TC, a votação final global do diploma decorreu no passado dia 9 de dezembro, tendo sido aprovado com votos da maioria da bancada do PS, IL, BE, e deputados únicos do PAN e Livre e ainda seis parlamentares do PSD.
Notícia atualizada às 18h04