Notícia
Marcelo realça vitória na "primeira batalha" mas avisa que o pior está para vir
O Presidente da República mostra satisfação pela vitória na "primeira batalha", mas avisa que o pior ainda está para vir e admite até que números de infetados pode chegar aos 20 ou 30 mil. Marcelo apresenta caderno de encargos para as duas próximas semanas de emergência.
Otimista sem excessos e cauteloso quanto baste. Na mensagem que dirigiu aos portugueses na véspera de entrarem em vigor mais duas semanas de estado de emergência, Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de apontar os objetivos já alcançados na luta contra a pandemia do coronavírus, porém sempre realçando que há ainda muito para fazer. O Presidente da República deixou mesmo um caderno de encargos para as duas semanas que se avizinham.
Marcelo começou por sinalizar que este é "o maior desafio dos últimos 45 anos" e de avisar que as consequências decorrentes da crise sanitária em curso serão as "mais longas que já vivemos". "Os portugueses perceberam tudo isto e decidiram abraçar esta luta comum", declarou, notando que os cidadãos aderiram "voluntariamente" às medidas de contenção do surto implementadas durante as primeiras duas semanas de excecionalidade, e que agora serão agravadas.
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu uma mensagem aos Portugueses, a partir do Palácio de Belém, sobre a renovação do estado de emergência.
O chefe de Estado enumerou depois as quatro fases do desafio que Portugal enfrenta, sendo que a primeira foi superada com sucesso. Marcelo explicou que na primeira fase se conseguiu evitar a rutura do Sistema Nacional de Saúde e conter o avanço da pandemia: "Ganhámos a primeira batalha, a da primeira fase, adiámos o pico e moderámos a progressão do vírus", notando que se baixou de valores de crescimento de novos casos positivos de 40% para níveis de 20% e agora inferiores a 15%.
A segunda fase começa agora, anotou o Presidente, realçando que o mês de abril será "crucial" para "manter a desaceleração do surto" e consolidar a contenção. A terceira fase começará nas semanas posteriores a este novo período de 15 dias de estado de emergência e a sua duração dependerá da capacidade para "inverter definitivamente a tendência do crescimento de casos, mas ainda enfrentando números exigentes em internamento grave e crítico".
Por fim, chegará a quarta e última fase, na qual será necessário continuar a controlar a evolução do surto "de forma consistente", durante a qual se assistirá "à parte final dos custos humanos da pandemia" e que representará uma "fase progressiva estabilização da nossa vida coletiva".
Apesar do tom algo otimista em relação ao que já foi conseguido para mitigar os efeitos da pandemia e para conter a propagação do surto, Marcelo avisou que será nesta segunda fase, ou seja nos próximos 15 dias, que o país atravessará possivelmente a fase mais difícil: "Vai custar a ver os números de infetados atingir as duas ou três dezenas de milhares até ao dia 17? Vai".
Presidente apresenta caderno de encargos
Após declarar que não se pode agora "desbaratar a contenção" conseguida durante a primeira fase, Marcelo Rebelo de Sousa apontou, em jeito de "carderno de encargos", os cinco "objetivos fundamentais" para a fase que agora principia.
Em primeiro lugar, o Presidente pretende ver garantido o reforço da proteção dos "grupos de maior risco, onde quer que vivam, ou se encontrem, em suas casas, em nossas casas, nos lares, em residências sociais ou, na rua, sem teto e sem abrigo". Marcelo admite chamar estudantes, trabalhadores em lay-off, Forças Armadas, forças de segurança e bombeiros a este esforço conjunto.
A segunda exigência passa pela utilização, "com bom senso e rigoroso critério", da possibilidade incluída no decreto hoje aprovado pelo Parlamento na prevenção de "situações críticas de saúde pública nos estabelecimentos prisionais", podendo o Presidente exercer "o poder constitucional de indulto em casos concretos".
O terceiro ponto consiste em garantir que, apesar das razões que existem para "cansaço, ansiedade, lassidão" devido ao regime de exceção, nesta Páscoa as pessoas respeitam as regras de circulação mais apertadas agora decididas pelo Governo.
Marcelo junta ainda a estes afazeres o apelo para que os emigrantes portugueses não venham a Portugal no período pascal, pedido também já feito pelo primeiro-ministro.
O quinto e último ponto consiste na necessidade de "definir os cenários para o ano letivo, atendendo à evolução da pandemia em abril", sendo que o Governo anunciará uma decisão no dia 9 do presente mês.
"Este é o nosso principal caderno de encargos para os próximos 15 dias (...) "Só ganharemos abril se não facilitarmos, se não condescendermos, se não baixarmos a guarda", concluiu.
(Notícia atualizada)
Marcelo começou por sinalizar que este é "o maior desafio dos últimos 45 anos" e de avisar que as consequências decorrentes da crise sanitária em curso serão as "mais longas que já vivemos". "Os portugueses perceberam tudo isto e decidiram abraçar esta luta comum", declarou, notando que os cidadãos aderiram "voluntariamente" às medidas de contenção do surto implementadas durante as primeiras duas semanas de excecionalidade, e que agora serão agravadas.
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O chefe de Estado enumerou depois as quatro fases do desafio que Portugal enfrenta, sendo que a primeira foi superada com sucesso. Marcelo explicou que na primeira fase se conseguiu evitar a rutura do Sistema Nacional de Saúde e conter o avanço da pandemia: "Ganhámos a primeira batalha, a da primeira fase, adiámos o pico e moderámos a progressão do vírus", notando que se baixou de valores de crescimento de novos casos positivos de 40% para níveis de 20% e agora inferiores a 15%.
A segunda fase começa agora, anotou o Presidente, realçando que o mês de abril será "crucial" para "manter a desaceleração do surto" e consolidar a contenção. A terceira fase começará nas semanas posteriores a este novo período de 15 dias de estado de emergência e a sua duração dependerá da capacidade para "inverter definitivamente a tendência do crescimento de casos, mas ainda enfrentando números exigentes em internamento grave e crítico".
Por fim, chegará a quarta e última fase, na qual será necessário continuar a controlar a evolução do surto "de forma consistente", durante a qual se assistirá "à parte final dos custos humanos da pandemia" e que representará uma "fase progressiva estabilização da nossa vida coletiva".
Apesar do tom algo otimista em relação ao que já foi conseguido para mitigar os efeitos da pandemia e para conter a propagação do surto, Marcelo avisou que será nesta segunda fase, ou seja nos próximos 15 dias, que o país atravessará possivelmente a fase mais difícil: "Vai custar a ver os números de infetados atingir as duas ou três dezenas de milhares até ao dia 17? Vai".
Presidente apresenta caderno de encargos
Após declarar que não se pode agora "desbaratar a contenção" conseguida durante a primeira fase, Marcelo Rebelo de Sousa apontou, em jeito de "carderno de encargos", os cinco "objetivos fundamentais" para a fase que agora principia.
Em primeiro lugar, o Presidente pretende ver garantido o reforço da proteção dos "grupos de maior risco, onde quer que vivam, ou se encontrem, em suas casas, em nossas casas, nos lares, em residências sociais ou, na rua, sem teto e sem abrigo". Marcelo admite chamar estudantes, trabalhadores em lay-off, Forças Armadas, forças de segurança e bombeiros a este esforço conjunto.
A segunda exigência passa pela utilização, "com bom senso e rigoroso critério", da possibilidade incluída no decreto hoje aprovado pelo Parlamento na prevenção de "situações críticas de saúde pública nos estabelecimentos prisionais", podendo o Presidente exercer "o poder constitucional de indulto em casos concretos".
O terceiro ponto consiste em garantir que, apesar das razões que existem para "cansaço, ansiedade, lassidão" devido ao regime de exceção, nesta Páscoa as pessoas respeitam as regras de circulação mais apertadas agora decididas pelo Governo.
Marcelo junta ainda a estes afazeres o apelo para que os emigrantes portugueses não venham a Portugal no período pascal, pedido também já feito pelo primeiro-ministro.
O quinto e último ponto consiste na necessidade de "definir os cenários para o ano letivo, atendendo à evolução da pandemia em abril", sendo que o Governo anunciará uma decisão no dia 9 do presente mês.
"Este é o nosso principal caderno de encargos para os próximos 15 dias (...) "Só ganharemos abril se não facilitarmos, se não condescendermos, se não baixarmos a guarda", concluiu.
(Notícia atualizada)