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É um problema já antigo em Portugal e que se acentuou no ano passado, já que o país continua a perder população de forma natural (sem ter em conta os fluxos migratórios).
Os dados publicados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (e que pode ver no mapa em cima com o detalhe por concelho) mostram que nasceram 87.020 crianças em território nacional em 2018, o que representa um aumento de 1% face ao ano anterior.
Contudo, o número de óbitos também cresceu e a um ritmo mais acelerado do que o dos nascimentos (3% para 113.000).
Segundo o INE, o saldo natural desceu pelo décimo ano seguido, atingindo -25.980, o que representa o valor mais negativo desde que o INE agrupa estes dados em 2011.
Porto e Lisboa lideram
São as duas maiores cidades do país que mais contribuem para este agravamento do saldo natural em Portugal, embora a tendência do número de mortes superar os nascimentos seja quase transversal a todo o país.
Uma análise efetuada pelo Negócios à base de dados do INE mostra que são 279 os concelhos com saldo natural negativo no ano passado, o que representam mais de 90% do total.
Entre os concelhos com mais nascimentos do que mortes destacam-se os mais populosos do país. No Porto o saldo natural foi de -1.009, enquanto em Lisboa ficou pouco abaixo do milhar. Almada, Coimbra, Funchal e Figueira da Foz são os outros concelhos em destaque pela negativa.
Entre os 29 concelhos com mais nascimentos do que mortes é Sintra que aparece em destaque. Neste que também é um dos concelhos mais populosos do país nasceram mais 1285 pessoas do que morreram. Uma tendência que já vem de trás, uma vez que desde 2011 que o saldo natural é positivo em redor do milhar.
Odivelas, Braga, Loures e Amadora são os outros concelhos que se destacam pela positiva no número de nascimentos em relação aos óbitos.