Luiz Inácio Lula da Silva espera conseguir duplicar o ritmo de crescimento da economia brasileira e promete prosseguir com as políticas de combate à pobreza sem deixar, no entanto, deteriorar as finanças públicas do país.

No discurso proferido no Domingo à noite, logo após a divulgação dos resultados da segunda volta das presidenciais que confirmaram a vitória de Lula sobre Geraldo Alckmin por 61% contra 39% dos votos, o presidente reeleito disse que manterá uma "política orçamental dura" mas que a "preferência" do Governo neste seu segundo mandato vai "continuar a ser dada aos pobres", através do programa Bolsa Família e de novos aumentos nos salários mínimos e da função pública.

"Acredito que o Brasil pode crescer cerca de 5 ou 6%", afirmou. A economia brasileira cresceu apenas 2,3% em 2005, o que traduz o pior desempenho da América Latina, à excepção do Haiti.

Lula, que venceu em 20 dos 27 Estados brasileiros, deverá manter as peças centrais do seu Executivo. Os analistas esperam a recondução do ministro das Finanças Guido Mantega e de Henrique Meirelles como governador do Banco Central.