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Lula anuncia que militares vão reforçar segurança de fronteiras, portos e aeroportos

A decisão foi definida num decreto que, em princípio, estará em vigor até maio de 2024, mas "será renovado se necessário", segundo Lula da Silva.

Desde que regressou ao poder, Lula da Silva lançou um novo planos de reindustrialização verde, no qual o hidrogénio deve substituir o gás.
Adriano Machado/Reuters
01 de Novembro de 2023 às 21:16
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As Forças Armadas do Brasil vão reforçar a segurança em alguns portos e aeroportos, bem como nas fronteiras do país, a fim de fortalecer a luta contra o crime organizado, anunciou esta quarta-feira o Presidente brasileiro, Lula da Silva.

"Chegamos a uma situação muito grave, a violência se agravou e decidimos que o Governo federal participará com todo o seu potencial", afirmou o chefe de Estado brasileiro, vincando a importância da luta contra o crime organizado.

A decisão foi definida num decreto que, em princípio, estará em vigor até maio de 2024, mas "será renovado se necessário", segundo Lula da Silva.

O anúncio foi feito numa conferência de imprensa com a presença dos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, além dos chefes da Marinha e da Polícia Federal, entre outras autoridades.

As operações da Marinha serão concentradas nos portos de Itaguaí e do Rio de Janeiro, bem como no porto de Santos e no Lago de Itaipu, na fronteira com o Paraguai.

No caso dos aeroportos, o reforço começará nos aeroportos internacionais do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Guarulhos, em São Paulo.

O Governo também decidiu que as Forças Armadas vão reforçar a vigilância nas fronteiras com a Bolívia e o Paraguai nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, para inibir a entrada de armas e drogas.

"Esses estados têm uma relação logística com as quadrilhas do Rio de Janeiro e de São Paulo", disse o ministro da Justiça, Flávio Dino, que informou que as Forças Armadas e os órgãos federais destinarão cerca de 3.700 militares para toda a operação.

Em todos os casos, os militares vão trabalhar em conjunto com as forças de segurança locais e regionais e outros órgãos do Estado, como as polícias federal e rodoviária, entre outros.

Os portos, aeroportos e fronteiras são "pontos estratégicos" para o combate ao crime organizado, juntamente com o trabalho de inteligência que visa identificar e desmantelar as "redes financeiras" desses grupos criminosos, de acordo com o governante.

A decisão surge na sequência de sucessivos episódios de violência em algumas cidades do país, sobretudo no Rio de Janeiro, face à presença de poderosas redes de traficantes e de organizações de vigilantes, conhecidas como milícias.

Há uma semana, estes últimos grupos semearam o caos numa parte da cidade, incendiando 35 autocarros de transportes públicos em protesto contra a morte de um dos seus líderes às mãos da polícia.
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