Notícia
Líder do BE defende que 2023 "não tem de ser o ano do habituem-se à crise"
Catarina Martins afirmou que o ano que agora termina ficou marcado "pela crise da inflação", mas apontou que "o nome mais correto é a perda de rendimentos de quem vive do seu trabalho".
30 de Dezembro de 2022 às 12:24
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu esta sexta-feira que o próximo ano "não tem de ser o ano do habituem-se à crise", mas será o tempo de a vencer "com a luta, lado a lado, juntando forças".
"2023 não tem de ser o ano do habituem-se à crise, tem de ser o tempo de vencer a crise com a luta, lado a lado, juntando forças. É aqui que estamos, é aqui que nos encontramos", afirmou Catarina Martins numa mensagem de Ano Novo divulgada nas redes sociais.
A líder do BE considerou que Portugal "é um país solidário, um país de gente que não se resigna".
"Nós não sabemos como vai ser 2023, mas sabemos que na democracia nunca há inevitabilidades, mesmo quando há maiorias absolutas. Nas democracias constrói-se todos os dias a resposta", defendeu.
Catarina Martins afirmou que o ano que agora termina ficou marcado "pela crise da inflação", mas apontou que "o nome mais correto é a perda de rendimentos de quem vive do seu trabalho", porque "nunca os salários e as pensões tinham perdido tanto neste milénio".
E criticou que, enquanto "o cabaz alimentar aumentou 20%", existiram "tantos setores que viram os seus lucros crescer, que distribuíram dividendos".
"O Governo diz-nos que não pode fazer mais do que está a fazer, que o que causa a inflação é a guerra, nada pode fazer. Não é verdade, primeiro porque a inflação não começou com a guerra", considerou, exemplificando que o aumento do peço dos combustíveis e da habitação "vinha de antes".
Catarina Martins criticou que "não há nenhuma política pública para garantir o direito à habitação" e "também não houve nenhum controlo dos bens essenciais, os preços puderam disparar à vontade".
"Durante a pandemia alguns produtos tiveram preços fixados, e bem. Alguém percebe que agora não seja possível fixar o preço dos bens essenciais?", questionou, apontando que "os lucros das petrolíferas, como da grande distribuição, aí estão para provar que era possível controlar preços e era possível outra resposta a esta crise".
"Mas se 2022 é ano de crise, é também um ano de força solidária e de luta", disse a coordenadora do BE, lembrando os movimentos de solidariedade com a Ucrânia e o acolhimento de refugiados, manifestações de mulheres e pelos direitos LGBT+, ou "as lutas" pela habitação, dos professores e profissionais de saúde ou dos imigrantes que "saíram à rua para exigir o visto".
Apontando que "também no clima, no ambiente" se veem "os efeitos da crise", a líder bloquista referiu acontecimentos meteorológicos como "ondas de calor, seca e depois chuvas muito intensas com cheias e inundações".
E salientou que "a desilusão com a ação do Governo português como dos governos a nível internacional" no que toca a soluções para travar as alterações climáticas "é imensa", referindo que "se os governos internacionais foram incapazes de agir pelo clima, os estudantes levantaram-se".
"2023 não tem de ser o ano do habituem-se à crise, tem de ser o tempo de vencer a crise com a luta, lado a lado, juntando forças. É aqui que estamos, é aqui que nos encontramos", afirmou Catarina Martins numa mensagem de Ano Novo divulgada nas redes sociais.
"Nós não sabemos como vai ser 2023, mas sabemos que na democracia nunca há inevitabilidades, mesmo quando há maiorias absolutas. Nas democracias constrói-se todos os dias a resposta", defendeu.
Catarina Martins afirmou que o ano que agora termina ficou marcado "pela crise da inflação", mas apontou que "o nome mais correto é a perda de rendimentos de quem vive do seu trabalho", porque "nunca os salários e as pensões tinham perdido tanto neste milénio".
E criticou que, enquanto "o cabaz alimentar aumentou 20%", existiram "tantos setores que viram os seus lucros crescer, que distribuíram dividendos".
"O Governo diz-nos que não pode fazer mais do que está a fazer, que o que causa a inflação é a guerra, nada pode fazer. Não é verdade, primeiro porque a inflação não começou com a guerra", considerou, exemplificando que o aumento do peço dos combustíveis e da habitação "vinha de antes".
Catarina Martins criticou que "não há nenhuma política pública para garantir o direito à habitação" e "também não houve nenhum controlo dos bens essenciais, os preços puderam disparar à vontade".
"Durante a pandemia alguns produtos tiveram preços fixados, e bem. Alguém percebe que agora não seja possível fixar o preço dos bens essenciais?", questionou, apontando que "os lucros das petrolíferas, como da grande distribuição, aí estão para provar que era possível controlar preços e era possível outra resposta a esta crise".
"Mas se 2022 é ano de crise, é também um ano de força solidária e de luta", disse a coordenadora do BE, lembrando os movimentos de solidariedade com a Ucrânia e o acolhimento de refugiados, manifestações de mulheres e pelos direitos LGBT+, ou "as lutas" pela habitação, dos professores e profissionais de saúde ou dos imigrantes que "saíram à rua para exigir o visto".
Apontando que "também no clima, no ambiente" se veem "os efeitos da crise", a líder bloquista referiu acontecimentos meteorológicos como "ondas de calor, seca e depois chuvas muito intensas com cheias e inundações".
E salientou que "a desilusão com a ação do Governo português como dos governos a nível internacional" no que toca a soluções para travar as alterações climáticas "é imensa", referindo que "se os governos internacionais foram incapazes de agir pelo clima, os estudantes levantaram-se".