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Leilão não representa "nenhum problema" mas economistas desconfiam

O ministério das Finanças germânico disse hoje que as necessidades de financiamento do país não estão em risco, reagindo assim à emissão de dívida de um montante 35% inferior ao previsto. Mercados consideram leilão como "desastre".

23 de Novembro de 2011 às 14:00
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O Ministério das Finanças alemão já veio dizer que o leilão de dívida de hoje não representa "absolutamente problema nenhum" para as necessidades de financiamento da Alemanha.

"Estamos presentes em mercados muito nervosos", afirmou aos jornalistas o porta-voz do ministério de Wolfgang Schaeuble, Martin Kotthaus.

A emissão de obrigações a 10 anos da Alemanha no mercado primário ficou aquém do previsto. O montante máximo estimado para colocar no mercado era de seis mil milhões de euros. Foram emitidos apenas 3,664 mil milhões de euros a uma taxa de juro implícita, ainda assim, inferior à anteriormente exigida.

"Este leilão não é nada menos do que um desastre para a Alemanha. Se a nação mais forte da Europa tem este tipo de dificuldades para conseguir capital, devemos temer os próximos leilões noutras nações europeias", declarou à Bloomberg o analista Mark Grant.

É mesmo isso que também defende à mesma agência de informação o estratega Marc Ostwald. "Não me consigo lembrar de um pior leilão. Se a Alemanha apenas consegue alcançar este tipo de participação, o que esperar do resto?", questionou-se.

"A crise sistémica na Zona Euro está a percorrer o seu caminho até países que são solventes e que têm economias competitivas, como a Alemanha. Eles estão na Zona Euro, logo a crise dissemina-se até eles", comentou à agência Fredrik Erixon.

Apesar das garantias do Executivo alemão, também a Standard & Poor’s já reagiu ao leilão. David Beers, responsável pelos "ratings" soberanos da agência, afirmou hoje que a pressão crescente sobre a Alemanha poderá levar a uma alteração da forma como o país está a lidar com a crise da dívida na Zona Euro.

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