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José Eduardo Moniz fala em "fim da era Sócrates"

José Eduardo Moniz volta a atacar o primeiro-ministro na sequência das escutas divulgadas pela última edição do "Sol", referindo mesmo o "fim da era Sócrates". O antigo director-geral da TVI fala em "vergonha" e "promiscuidade" entre políticos e empresários e defende a intervenção da ERC e de Cavaco Silva.

09 de Fevereiro de 2010 às 09:18
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José Eduardo Moniz volta a atacar o primeiro-ministro na sequência das escutas divulgadas na última edição do “Sol”, referindo mesmo o "fim da era Sócrates". Num artigo publicado no “Diário Económico”, o antigo director-geral da TVI fala em “vergonha” e “promiscuidade” entre políticos e empresários e defende a intervenção da ERC e de Cavaco Silva.

“O processo relacionado com os acontecimentos na TVI lançam a vergonha sobre o Governo e sobre o seu líder”, afirma José Eduardo Moniz. "Tornaram-se mais evidentes traços do seu (Sócrates) carácter que o enfraquecem a todos os níveis e que não são alheios a que, no próprio PS, já haja muita gente a reconhecer que o fim da era Sócrates inexoravelmente se aproxima", remata.

O antigo director-geral da TVI diz ainda que “ficou, uma vez mais, patente a promiscuidade entre detentores do poder político e alguma gente que, como se vê, impropriamente se diz empresária de ‘media’” e volta a lançar o repto à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e ao Presidente da República, dizendo que estes “não podem ficar impávidos perante a quantidade (e a “qualidade”) de dados que se tornaram conhecidos”.

Quanto à PT, Moniz considera “lamentável” a actuação da operadora no processo relacionado com a Mediacapital. “O envolvimento de um seu administrador (…) não pode passar sem censura nem perante a indiferença geral”, sublinha o ex-director geral da TVI, defendendo que se deve atribuir “responsabilidades ao CEO da empresa (PT)”.

José Eduardo Moniz considera ainda, no artigo publicado hoje no "Diário Económico" que houve uma "ligeireza de procedimentos" por parte do Procurador-geral da República e do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. "Não escapará (Pinto Monteiro) nunca a insinuações de que os seus despachos, objectivamente, acabaram por proteger o primeiro-ministro".


A polémica foi reacendida pela edição de sexta-feira do semanário "Sol", que transcreveu excertos das escutas telefónicas realizadas no âmbito do processo “Face Oculta”, dando conta da existência de um plano do Governo para assumir o controlo da TVI e afastar Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz.

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