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Japão prepara novo pacote de estímulos com economia mais débil

O primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, anuncia este sábado os detalhes de um novo pacote de estímulos à economia, que deverá ascender a 23,7 mil milhões de euros, destinado a impulsionar o consumo e o desenvolvimento regional.

Reuters
26 de Dezembro de 2014 às 12:47
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A inflação no Japão desacelerou pelo quarto mês consecutivo, em Novembro, e a produção industrial e as vendas a retalho caíram inesperadamente, o que aponta para uma maior debilitação da economia do país.

 

Com efeito, a produção industrial desceu 0,6% face a Outubro, quando as projecções médias apontavam para um aumento de 0,8%, anunciou esta sexta-feira o Ministério japonês do Comércio.

 

Já as vendas a retalho diminuíram 0,3% e a inflação ‘core’ (que exclui os alimentos frescos) aumentou 2,7% face a Novembro de 2013. A taxa de inflação (excluindo alimentos e energia) foi de 2,1%, quando em Outubro se tinha fixado nos 2,9%. Esta desaceleração deveu-se em grande medida à queda dos preços do petróleo e evidencia os desafios com que o banco central se depara para atingir a sua meta de 2% de inflação. Os salários reais registaram, por seu lado, a maior queda desde 2009, e o desemprego mantém-se nos 3,5%.

 

Com poucos sinais de retoma no consumo interno, o Japão terá de depender das exportações para evitar uma contracção pelo terceiro trimestre consecutivo nos últimos três meses do ano, sublinha a Bloomberg.

 

Os dados divulgados esta sexta-feira colocam ainda mais pressão sobre o primeiro-ministro, Shinzo Abe (na foto), que amanhã divulga os pormenores de um novo pacote de estímulos à economia.

 

Segundo a Associated Press, que cita responsáveis governamentais nipónicos, Abe (que na quarta-feira, 24 de Dezembro, assumiu um terceiro mandato) planeia introduzir estímulos adicionais no valor de 3,5 biliões de ienes (23,7 mil milhões de euros), incluindo subsídios e programas de criação de emprego.

 

O banco central do Japão tem estado a comprar o equivalente a 541 mil milhões de euros em activos [sobretudo dívida pública], mensalmente, para ajudar a estimular a inflação, mas ainda não conseguiu alcançar o seu objectivo de um aumento de 2% dos preços.

 

Outra notícia hoje divulgada é que o governo japonês planeia dividir o Japan Post Holding em três empresas cotadas, começando a vender acções ao público em Agosto do próximo ano (ou mais tarde), depois de privatizar o maior banco de retalho do país.

 

A holding e as suas unidades de banca e de seguros serão cotadas como três empresas distintas na Bolsa de Tóquio, anunciou hoje o governo.

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