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Itália recua com subida de impostos sobre os mais ricos

A Itália segue-se à Espanha e, afinal, não vai aumentar a carga fiscal sobre os que declaram maiores rendimentos.

29 de Agosto de 2011 às 19:40
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A Itália não vai aumentar os impostos sobre os mais riscos, como tinha sido aprovado pelo Conselho de Ministros do país.
A medida tinha sido incluída no mais recente pacote de austeridade, avaliado em 45,5 mil milhões de euros, mas vai ser substituída por penalizações a quem foge aos impostos.

Após uma reunião do primeiro-ministro Sílvio Berlusconi e do ministro das Finanças Guilio Tremonti com um partido aliado, o Executivo italiano decidiu deixar para trás o imposto especial sobre os titulares de rendimentos anuais superiores a 90 mil euros, de acordo com a Bloomberg.

O “imposto solidário” a ser pago pelos mais ricos tinha sido aprovado em Conselho de Ministros em meados de Agosto, quando foi anunciado o pacote de austeridade de 45,5 mil milhões de euros mediante o qual Itália tentou pôr travões às pressões dos mercados financeiros.

A posição italiana segue-se à do Governo espanhol, que tinha também equaciondo a possibilidade de elevar a carga fiscal sobre as grandes fortunas. O que acabou por não se concretizar.

As medidas de austeridade de Itália incluíam também o corte de nove mil milhões de euros nas transferências para as regiões e municípios do país, mas também aqui a "tesourada" deverá ser menos agressiva. Em contrapartida, avança o corte no número de deputados, segundo revelam as agências noticiosas.

O debate em torno do que os mais ricos podem fazer para enfrentar a crise intensificou-se há algumas semanas, quando o multimilionário Warren Buffett declarou a Washington, numa crónica no "New York Times", que estaria disposto a pagar mais impostos na actual conjuntura.

Pouco tempo depois, foi a vez de milionários franceses se declararem igualmente adeptos de um imposto especial. E a França avançou mesmo com o aumento de impostos sobre os titulares de rendimentos superiores a 500 mil euros anuais.

Já Itália e a Espanha falaram igualmente da possibilidade, mas acabaram por recuar.

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