Notícia
Israel contraria tribunal internacional e continua a bombardear Gaza
Em 24 horas foram registadas pelo menos mais 81 mortes, segundo o Hamas. Intensificam-se os esforços diplomáticos para retomar as negociações.
26 de Maio de 2024 às 13:32
O exército israelita continuou este domingo a bombardear a Faixa de Gaza, desrespeitando as decisões do TIJ, quando se intensificam os esforços diplomáticos para retomar as negociações para alcançar uma trégua no território palestiniano e a libertação de reféns.
Os ataques aéreos e os disparos de artilharia voltaram a atingir o norte e o centro do território, bem como Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, junto à fronteira com o Egito, de onde fugiram centenas de milhares de pessoas.
Em 24 horas foram registadas pelo menos mais 81 mortes, segundo um comunicado do Ministério da Saúde do Hamas, elevando o total de vítimas mortais para quase 36.000 desde o início da guerra, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas contra o território israelita, em 7 de outubro.
A Defesa Civil palestiniana declarou ter recuperado seis corpos na sequência de um ataque aéreo a uma casa na zona leste de Rafah, onde o exército israelita prossegue as operações apesar de uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que ordenou a suspensão do conflito na zona.
Ao fim de quase oito meses de uma guerra devastadora, aumenta a pressão sobre Israel para que sejam feitas tréguas e libertados os reféns.
Um alto funcionário israelita disse à AFP, sob condição de anonimato, que está agendada para este domingo à noite uma reunião do gabinete de guerra para discutir os esforços para garantir a libertação dos reféns.
No sábado, outra fonte afirmou que Israel tencionava relançar "esta semana" as negociações.
O TIJ, o mais alto tribunal da ONU, ordenou igualmente a Israel que mantivesse aberta a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, essencial para a entrada de ajuda humanitária, mas que foi encerrada após o lançamento da sua operação terrestre no início de maio.
O Egito, que se tinha recusado a reabrir o posto fronteiriço de Rafah enquanto as tropas israelitas controlassem o lado palestiniano, anunciou hoje que tinha finalmente autorizado a passagem de camiões de ajuda pelo posto israelita de Kerem Shalom, segundo o al-Qahera News, um meio de comunicação próximo dos serviços secretos egípcios.
Um total de "200 camiões" saíram do lado egípcio do posto fronteiriço de Rafah, em direção a Kerem Shalom, disse a al-Qahera News, sem especificar quantos camiões passaram pelos controlos.
Paralelamente, foram relançados os esforços internacionais para conseguir uma trégua na guerra.
Os meios de comunicação social israelitas informaram que o chefe da Mossad - os serviços secretos israelitas - David Barnea, tinha chegado a um acordo com o diretor da CIA, Bill Burns, e com o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane al-Thani, numa reunião em Paris sobre um novo quadro de negociações.
O primeiro-ministro do Qatar foi recebido pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, assim como os ministros dos Negócios Estrangeiros saudita, egípcio e jordano.
Por seu lado, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar "empenhado numa diplomacia de emergência" para tentar garantir um cessar-fogo e a libertação dos reféns.
O Egito também afirmou estar a prosseguir "os seus esforços para reativar as negociações", de acordo com o al-Qahera News, enquanto os funcionários do Qatar deverão encontrar-se com uma delegação do Hamas nos próximos dias, segundo o portal noticioso norte-americano Axios.
No início de maio, as conversações indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, não levaram a um acordo de tréguas ligado à libertação de reféns e prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
A pressão também está a aumentar dentro de Israel, onde milhares de israelitas se reuniram no sábado à noite para exigir uma ação urgente do Governo para garantir a libertação dos reféns.
A guerra na Faixa de Gaza começou em 07 de outubro, depois de comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza terem atacado o território israelita, matando mais de 170 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
Nesse dia, 252 pessoas foram também feitas reféns no território palestiniano. Após uma trégua em novembro que permitiu a libertação de uma centena de pessoas, 121 reféns continuam detidos em Gaza, 37 dos quais mortos, segundo o exército.
Em resposta, o exército israelita lançou uma ofensiva devastadora no território palestiniano.
Em 7 deste mês, Israel iniciou operações terrestres no setor de Rafah, onde diz querer resgatar reféns e destruir os últimos batalhões do Hamas, o movimento islamita que tomou o poder em Gaza em 2007 e é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia (UE).
Estas operações obrigaram cerca de 800.000 pessoas a fugir da cidade, segundo a ONU, que alerta para uma situação humanitária catastrófica em todo o território, com risco de fome e muitos hospitais fora de ação.
O exército israelita prossegue as operações, com testemunhas a relatarem bombardeamentos "intensos" no norte do território palestiniano e um ataque aéreo no campo de refugiados de Nuseirat, no centro.
Por seu lado, o braço armado do Hamas afirmou no sábado à noite ter "matado, ferido ou feito prisioneiros" soldados israelitas numa emboscada no campo de Jabalia, no interior do exército israelita, que negou que um soldado tivesse sido feito refém.
Os ataques aéreos e os disparos de artilharia voltaram a atingir o norte e o centro do território, bem como Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, junto à fronteira com o Egito, de onde fugiram centenas de milhares de pessoas.
A Defesa Civil palestiniana declarou ter recuperado seis corpos na sequência de um ataque aéreo a uma casa na zona leste de Rafah, onde o exército israelita prossegue as operações apesar de uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que ordenou a suspensão do conflito na zona.
Ao fim de quase oito meses de uma guerra devastadora, aumenta a pressão sobre Israel para que sejam feitas tréguas e libertados os reféns.
Um alto funcionário israelita disse à AFP, sob condição de anonimato, que está agendada para este domingo à noite uma reunião do gabinete de guerra para discutir os esforços para garantir a libertação dos reféns.
No sábado, outra fonte afirmou que Israel tencionava relançar "esta semana" as negociações.
O TIJ, o mais alto tribunal da ONU, ordenou igualmente a Israel que mantivesse aberta a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, essencial para a entrada de ajuda humanitária, mas que foi encerrada após o lançamento da sua operação terrestre no início de maio.
O Egito, que se tinha recusado a reabrir o posto fronteiriço de Rafah enquanto as tropas israelitas controlassem o lado palestiniano, anunciou hoje que tinha finalmente autorizado a passagem de camiões de ajuda pelo posto israelita de Kerem Shalom, segundo o al-Qahera News, um meio de comunicação próximo dos serviços secretos egípcios.
Um total de "200 camiões" saíram do lado egípcio do posto fronteiriço de Rafah, em direção a Kerem Shalom, disse a al-Qahera News, sem especificar quantos camiões passaram pelos controlos.
Paralelamente, foram relançados os esforços internacionais para conseguir uma trégua na guerra.
Os meios de comunicação social israelitas informaram que o chefe da Mossad - os serviços secretos israelitas - David Barnea, tinha chegado a um acordo com o diretor da CIA, Bill Burns, e com o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane al-Thani, numa reunião em Paris sobre um novo quadro de negociações.
O primeiro-ministro do Qatar foi recebido pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, assim como os ministros dos Negócios Estrangeiros saudita, egípcio e jordano.
Por seu lado, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar "empenhado numa diplomacia de emergência" para tentar garantir um cessar-fogo e a libertação dos reféns.
O Egito também afirmou estar a prosseguir "os seus esforços para reativar as negociações", de acordo com o al-Qahera News, enquanto os funcionários do Qatar deverão encontrar-se com uma delegação do Hamas nos próximos dias, segundo o portal noticioso norte-americano Axios.
No início de maio, as conversações indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, não levaram a um acordo de tréguas ligado à libertação de reféns e prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
A pressão também está a aumentar dentro de Israel, onde milhares de israelitas se reuniram no sábado à noite para exigir uma ação urgente do Governo para garantir a libertação dos reféns.
A guerra na Faixa de Gaza começou em 07 de outubro, depois de comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza terem atacado o território israelita, matando mais de 170 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
Nesse dia, 252 pessoas foram também feitas reféns no território palestiniano. Após uma trégua em novembro que permitiu a libertação de uma centena de pessoas, 121 reféns continuam detidos em Gaza, 37 dos quais mortos, segundo o exército.
Em resposta, o exército israelita lançou uma ofensiva devastadora no território palestiniano.
Em 7 deste mês, Israel iniciou operações terrestres no setor de Rafah, onde diz querer resgatar reféns e destruir os últimos batalhões do Hamas, o movimento islamita que tomou o poder em Gaza em 2007 e é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia (UE).
Estas operações obrigaram cerca de 800.000 pessoas a fugir da cidade, segundo a ONU, que alerta para uma situação humanitária catastrófica em todo o território, com risco de fome e muitos hospitais fora de ação.
O exército israelita prossegue as operações, com testemunhas a relatarem bombardeamentos "intensos" no norte do território palestiniano e um ataque aéreo no campo de refugiados de Nuseirat, no centro.
Por seu lado, o braço armado do Hamas afirmou no sábado à noite ter "matado, ferido ou feito prisioneiros" soldados israelitas numa emboscada no campo de Jabalia, no interior do exército israelita, que negou que um soldado tivesse sido feito refém.