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Isaltino Morais admite ter omitido contas de familiar; não assumirá cargos políticos

Isaltino Morais, admitiu ter omitido contas no estrangeiro, por pertencerem a um familiar, mas diz-se de consciência tranquila. No dia que apresenta demissão do Governo frisa que não assumirá nenhum cargo político, até o assunto estar esclarecido

04 de Abril de 2003 às 11:36
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O ministro demissionário das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, Isaltino Morais, admitiu ter omitido contas no estrangeiro, por alegadamente pertencerem a um familiar, mas diz-se de consciência tranquila. No dia que apresenta demissão frisa que não assumirá nenhum cargo político, até o assunto estar esclarecido.

Isaltino Morais, em conferência de imprensa, afirmou que «tenho a consciência tranquila quanto aos factos relatados num dos semanários», esclarecendo que «os montantes depositados em conta aberta em meu nome, em instituição bancária no estrangeiro pertencem a um familiar ali residente».

O ministro demissionário afirma que «omiti essas contas por essa razão, como aliás, omiti nelas dívidas por mim contraídas para aquisição de habitação própria, mas também tenho consciência que o Governo, nem eu próprio, pode suportar a suspeita, mantendo-me em funções, e não contribuir para o cabal esclarecimento do que houver a esclarecer».

O mesmo responsável referiu que pediu a demissão, posição que foi aceite pelo Primeiro Ministro, Durão Barroso.

«Quero por fim declarar que até ao esclarecimento do que foi reclamado sobre o que foi noticiado não exercerei qualquer outro cargo público», segundo a mesma fonte.

O semanário «Independente» noticiou hoje que Isaltino Morais tem uma conta na Suíça, onde «tem circulado centenas de milhares de contos», sendo que em 2000, o responsável recebeu mais de seis mil contos em juros de aplicações.

Isaltino diz «saio porém com uma grande satisfação que lançámos, num só ano, muitas sementes à terra»

Isaltino Morais reforça que sai satisfeito pelo trabalho que desempenhou no seu ministério que «Portugal precisa mais do que nunca de um Governo forte e a quem sejam dadas condições para superar a séria situação que herdou e a que a actual conjuntura internacional lhe impõe».

O ex-governante salientou que «os portugueses devem sentir na solidez e credibilidade do seu Governo, o primeiro sinal de esperança num futuro melhor capaz de suportar as dificuldades de hoje».

«Tive a honra de pertencer durante um ano a um Governo assim. Pertenci a um Governo de homens e mulheres decididos (...) e tive a honra que integrar a um Governo liderado por um homem corajoso e determinado a lutar por Portugal», acrescentou.

O ministro demissionário concluiu dizendo que «estou certo de que o meu sucessor saberá dar continuidade, com a mesma alegria e entusiasmo com que o fez esta equipa ministrial».

O Executivo de Durão Barroso realiza Domingo um Conselho de Ministros extraordinário para celebrar um ano de governação.

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