Notícia
Irão usou contas do Lloyds e Santander UK para escapar a sanções
O Irão usou as contas do Lloyds e do Santander UK, dois dos maiores bancos do Reino Unido, para movimentar dinheiro secretamente, num plano para escapar a sanções apoiado pelos serviços de inteligência de Teerão.
05 de Fevereiro de 2024 às 09:50
De acordo com uma série de documentos a que o Financial Times (acesso pago) teve acesso, o Lloyds e o Santander UK forneceram contas a empresas de fachada britânicas, detidas secretamente por uma empresa petroquímica iraniana sancionada, cuja sede está localizada perto do Palácio de Buckingham, em Londres.
A Petrochemical Commercial Company (PCC), controlada pelo Estado, fazia parte de uma rede que os Estados Unidos acusam de angariar centenas de milhões de dólares para a Força Quds, que integra a Guarda Revolucionária iraniana, e de trabalhar com agências de inteligência russas para angariar dinheiro para as milícias iranianas.
O Financial Times (FT) indica que tanto a PCC como a sua subsidiária britânica PCC UK estão sob sanções dos EUA desde novembro de 2018.
De acordo com uma série de documentos, e-mails e registos contabilísticos, durante este período, a divisão do PCC no Reino Unido continuou a operar a partir de um escritório localizado em Grosvenor Gardens, no bairro de Belgravia, no centro de Londres, utilizando uma complexa rede de entidades.
O FT também refere que as revelações sobre a operação de evasão de sanções iranianas em Londres ocorrem desde que a Força Aérea Real se juntou aos ataques aéreos dos EUA contra os rebeldes houthi apoiados pelo Irão no Iémen.
O Reino Unido e os Estados Unidos sancionaram na semana passada o que apelidaram de "rede de assassinato transnacional", supervisionada pela inteligência iraniana, que tem como alvo ativistas e dissidentes, incluindo residentes britânicos.
Documentos vistos pelo FT mostram que, desde que ficou sob sanções dos EUA, a PCC tem usado empresas no Reino Unido para receber fundos de entidades de fachada iranianas na China, ao mesmo tempo que esconde a sua propriedade real através de "acordos de confiança" e de diretores nomeados.
Um deles, o Pisco UK, está registado numa residência isolada no condado inglês de Surrey e utiliza uma conta empresarial no Santander UK.
De acordo com o registo empresarial deste país, a Pisco UK é propriedade integral de um cidadão britânico chamado Abdollah-Siauash Fahimi.
Entre outras revelações, o FT indica que Fahimi usou um endereço de e-mail da PCC para se corresponder com funcionários da empresa em Teerão e que foi diretor da PCC UK, de abril de 2021 a fevereiro de 2022.
Em 2021, a conta Santander do Pisco recebeu uma transferência de uma empresa chinesa chamada Black Tulip, que segundo registos internos da PCC é outra empresa fiduciária controlada por um funcionário da Petrochemical Commercial Company.
No ano passado, o tesouro norte-americano acusou as empresas petroquímicas iranianas de utilizarem múltiplas entidades de fachada para escapar às sanções, canalizando as suas vendas através da Ásia.
A Petrochemical Commercial Company (PCC), controlada pelo Estado, fazia parte de uma rede que os Estados Unidos acusam de angariar centenas de milhões de dólares para a Força Quds, que integra a Guarda Revolucionária iraniana, e de trabalhar com agências de inteligência russas para angariar dinheiro para as milícias iranianas.
De acordo com uma série de documentos, e-mails e registos contabilísticos, durante este período, a divisão do PCC no Reino Unido continuou a operar a partir de um escritório localizado em Grosvenor Gardens, no bairro de Belgravia, no centro de Londres, utilizando uma complexa rede de entidades.
O FT também refere que as revelações sobre a operação de evasão de sanções iranianas em Londres ocorrem desde que a Força Aérea Real se juntou aos ataques aéreos dos EUA contra os rebeldes houthi apoiados pelo Irão no Iémen.
O Reino Unido e os Estados Unidos sancionaram na semana passada o que apelidaram de "rede de assassinato transnacional", supervisionada pela inteligência iraniana, que tem como alvo ativistas e dissidentes, incluindo residentes britânicos.
Documentos vistos pelo FT mostram que, desde que ficou sob sanções dos EUA, a PCC tem usado empresas no Reino Unido para receber fundos de entidades de fachada iranianas na China, ao mesmo tempo que esconde a sua propriedade real através de "acordos de confiança" e de diretores nomeados.
Um deles, o Pisco UK, está registado numa residência isolada no condado inglês de Surrey e utiliza uma conta empresarial no Santander UK.
De acordo com o registo empresarial deste país, a Pisco UK é propriedade integral de um cidadão britânico chamado Abdollah-Siauash Fahimi.
Entre outras revelações, o FT indica que Fahimi usou um endereço de e-mail da PCC para se corresponder com funcionários da empresa em Teerão e que foi diretor da PCC UK, de abril de 2021 a fevereiro de 2022.
Em 2021, a conta Santander do Pisco recebeu uma transferência de uma empresa chinesa chamada Black Tulip, que segundo registos internos da PCC é outra empresa fiduciária controlada por um funcionário da Petrochemical Commercial Company.
No ano passado, o tesouro norte-americano acusou as empresas petroquímicas iranianas de utilizarem múltiplas entidades de fachada para escapar às sanções, canalizando as suas vendas através da Ásia.