O investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal totalizou 5,6 mil milhões de euros no terceiro trimestre, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Do total de transações de IDE efetuadas entre julho e setembro, mil milhões de euros foram aplicados em investimento imobiliário.

O montante transferido pelos investidores estrangeiros em Portugal compara com 4,2 mil milhões registados em igual período do ano passado. Esse aumento homólogo é devido sobretudo "ao investimento realizado por investidores não residentes no capital de entidades portuguesas (3,5 mil milhões de euros)".

Os países europeus foram os que mais investiram em Portugal nesse período. Dos 5,6 mil milhões de IDE registados no terceiro trimestre, 4,8 mil milhões eram provenientes da Europa. A larga distância, aparece a América (com 334 milhões investidos), Ásia (287 milhões), África (43 milhões) e Oceânia (38 milhões). 

No final do terceiro trimestre, o "stock" de investimento direto estrangeiro em Portugal atingiu 196,5 mil milhões de euros, o que corresponde a 70% do PIB português. 

Em sentido contrário, as transações de investimento direto de Portugal no exterior (IPE) totalizaram 3,3 mil milhões de euros, o que compara com 2 mil milhões de euros registados no terceiro trimestre de 2023. Dos 3,3 mil milhões investidos por Portugal no exterior, destacou-se o investimento realizado por investidores portugueses "em entidades residentes em países do continente europeu".

O BdP revela que o "stock" de IPE era de 71,5 mil milhões de euros no final do terceiro trimestre. Esse montante corresponde a 26% do PIB nacional.

"Desde 2008 que ambos os stocks [de IDE e IPE] têm aumentado, embora a ritmos diferentes: o IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o terceiro trimestre de 2024, enquanto o IPE cresceu 32%. Quando medidos em percentagem do PIB, o peso do IDE aumentou 25 pontos percentuais, mas o peso do IPE reduziu-se 4 pontos percentuais", revela o BdP.

(notícia atualizada às 11:48)