Notícia
Investidores receiam incumprimento da Irlanda
Há mesmo quem pense que o país não vai passar sem uma reestruturação da dívida.
O dinheiro do resgate da Irlanda começa a chegar na próxima semana. Mas os investidores estão a manifestar algum cepticismo quanto à capacidade do país em honrar o pagamento da dívida. E expressam essas dúvidas no mercado obrigacionista, com custo de protecção contra incumprimento a atingir um recorde.
O célebre investidor George Soros, analisando este plano de ajuda, escreveu recentemente no “Financial Times” que a Irlanda terá de renegociar o acordo. Já o ministro irlandês das Finanças, Brian Lenihan, disse que um incumprimento “destruiria” o país.
O juro extra que os investidores exigem para deter obrigações irlandesas a 10 anos em vez de alemãs, diminuiu para 613 pontos base, contra um recorde na Zona Euro de 680 pontos atingido a 30 de Novembro.
Mas o custo de protecção contra um “default” das obrigações irlandesas (os chamados CDS) tem estado a disparar desde mesmo de o país ter assegurado o resgate, a 28 de Novembro.
Com efeito, os Credit-Default Swaps sobre as obrigações a cinco anos mais do que duplicaram, para um recorde de 628 pontos base nos últimos seis meses. Isso implica uma probabilidade de mais de 40% de o país não reembolsar os investidores a tempo, salienta a Bloomberg citado dados da CMA.
“O mercado parece estar a fixar um preço sobre a possibilidade de a Irlanda poder ter que reeestruturar a sua dívida”, comentou à Bloomberg o estratega Michiel de Bruin, da F&C Netherlands.
Recorde-se que o Governo irlandês se viu obrigado, em Novembro, a aceitar 85 mil milhões de euros para impulsionar as suas finanças e para injectar 10 mil milhões de euros na banca do país, com mais 25 mil milhões de euros em reservas. Isto numa altura em que se fazia sentir uma enorme pressão por parte dos mercados, com a consequente escalada dos juros da dívida soberana do país.
O célebre investidor George Soros, analisando este plano de ajuda, escreveu recentemente no “Financial Times” que a Irlanda terá de renegociar o acordo. Já o ministro irlandês das Finanças, Brian Lenihan, disse que um incumprimento “destruiria” o país.
Mas o custo de protecção contra um “default” das obrigações irlandesas (os chamados CDS) tem estado a disparar desde mesmo de o país ter assegurado o resgate, a 28 de Novembro.
Com efeito, os Credit-Default Swaps sobre as obrigações a cinco anos mais do que duplicaram, para um recorde de 628 pontos base nos últimos seis meses. Isso implica uma probabilidade de mais de 40% de o país não reembolsar os investidores a tempo, salienta a Bloomberg citado dados da CMA.
“O mercado parece estar a fixar um preço sobre a possibilidade de a Irlanda poder ter que reeestruturar a sua dívida”, comentou à Bloomberg o estratega Michiel de Bruin, da F&C Netherlands.
Recorde-se que o Governo irlandês se viu obrigado, em Novembro, a aceitar 85 mil milhões de euros para impulsionar as suas finanças e para injectar 10 mil milhões de euros na banca do país, com mais 25 mil milhões de euros em reservas. Isto numa altura em que se fazia sentir uma enorme pressão por parte dos mercados, com a consequente escalada dos juros da dívida soberana do país.