Notícia
Interesses da EDP na agenda do Embaixador português em visita a estado brasileiro
A distribuição dos dividendos da maior empresa de comercialização e distribuição de eletricidade de Santa Catarina (CELESC) está, segundo a EDP, "abaixo do desejado", explicou à Lusa Luis Faro Ramos.
30 de Março de 2022 às 22:49
O Embaixador de Portugal no Brasil desloca-se hoje ao estado de Santa Catarina tendo na agenda, para além de assuntos institucionais, económicos e culturais, conversar com o governador do estado relativamente aos interesses da EDP.
A distribuição dos dividendos da maior empresa de comercialização e distribuição de eletricidade de Santa Catarina (CELESC) está, segundo a EDP, "abaixo do desejado", explicou à Lusa Luis Faro Ramos.
A EDP Brasil, cuja maioria de capital pertence à EDP, é o maior acionista privado da maior empresa de comercialização e distribuição de eletricidade de Santa Catarina, CELESC, com 30% das ações.
Contudo, apesar de o estado de Santa Catarina possuir apenas 20% da empresa, detém a golden share, o que lhe permite decidir sobre a distribuição dos dividendos.
"É sobre essa questão que a EDP não tem estado muito satisfeita e eu, obviamente, como representante de Portugal farei uma nota sobre isso ao governador Carlos Moisés", disse à Lusa o embaixador Luís Faro Ramos, acrescentando que vai pedir ao governador "um ponto de contacto para conversar com a EDP".
A EDP Brasil registou lucros de 2,2 mil milhões de reais (377 milhões de euros) em 2021, mais 43,2% do que em 2020 (1,5 mil milhões de reais ou 257 milhões de euros).
Entre as missões do embaixador nesta visita, que termina na quinta-feira, estão as comemorações dos 200 anos da independência do Brasil.
Neste capítulo a embaixada portuguesa ambiciona estabelecer iniciativas junto das mais variadas instituições deste estado brasileiro, visto que ainda não existe nenhuma ação bilateral no sul do país, detalhou o embaixador.
Já no capítulo económico, acompanhado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) no Brasil, o objetivo passa por explorar oportunidades de intercâmbio, num estado cuja balança comercial é claramente favorável para Portugal, disse à Lusa, o conselheiro Económico da embaixada e Delegado da AICEP no Brasil, Francisco Saião Costa.
Na quarta-feira, numa reunião com cerca de 40 empresários da Câmara Brasil-Portugal de Santa Catarina o objetivo passará pela "apresentação de oportunidades de investimento em Portugal", nomeadamente sobre as linhas de crédito de incentivo à instalação, o programa Portugal 2030 e o próprio Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), detalhou Francisco Saião Costa.
O responsável recordou ainda que a balança comercial entre Portugal e Santa Catarina é claramente favorável aos portugueses, tendo as exportações crescido 50% entre 2019 e 2021, mesmo em contexto pandémico.
Santa Catarina possuiu um "regime de entrada de produtos que é preferencial a nível fiscal", o que acaba por ser benéfico pata o negócio agroalimentar, como o "azeite, vinho e bacalhau entram por Santa Catarina", que depois são redistribuídos um pouco por todo o país, detalhou o delegado da AICEP.
A distribuição dos dividendos da maior empresa de comercialização e distribuição de eletricidade de Santa Catarina (CELESC) está, segundo a EDP, "abaixo do desejado", explicou à Lusa Luis Faro Ramos.
Contudo, apesar de o estado de Santa Catarina possuir apenas 20% da empresa, detém a golden share, o que lhe permite decidir sobre a distribuição dos dividendos.
"É sobre essa questão que a EDP não tem estado muito satisfeita e eu, obviamente, como representante de Portugal farei uma nota sobre isso ao governador Carlos Moisés", disse à Lusa o embaixador Luís Faro Ramos, acrescentando que vai pedir ao governador "um ponto de contacto para conversar com a EDP".
A EDP Brasil registou lucros de 2,2 mil milhões de reais (377 milhões de euros) em 2021, mais 43,2% do que em 2020 (1,5 mil milhões de reais ou 257 milhões de euros).
Entre as missões do embaixador nesta visita, que termina na quinta-feira, estão as comemorações dos 200 anos da independência do Brasil.
Neste capítulo a embaixada portuguesa ambiciona estabelecer iniciativas junto das mais variadas instituições deste estado brasileiro, visto que ainda não existe nenhuma ação bilateral no sul do país, detalhou o embaixador.
Já no capítulo económico, acompanhado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) no Brasil, o objetivo passa por explorar oportunidades de intercâmbio, num estado cuja balança comercial é claramente favorável para Portugal, disse à Lusa, o conselheiro Económico da embaixada e Delegado da AICEP no Brasil, Francisco Saião Costa.
Na quarta-feira, numa reunião com cerca de 40 empresários da Câmara Brasil-Portugal de Santa Catarina o objetivo passará pela "apresentação de oportunidades de investimento em Portugal", nomeadamente sobre as linhas de crédito de incentivo à instalação, o programa Portugal 2030 e o próprio Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), detalhou Francisco Saião Costa.
O responsável recordou ainda que a balança comercial entre Portugal e Santa Catarina é claramente favorável aos portugueses, tendo as exportações crescido 50% entre 2019 e 2021, mesmo em contexto pandémico.
Santa Catarina possuiu um "regime de entrada de produtos que é preferencial a nível fiscal", o que acaba por ser benéfico pata o negócio agroalimentar, como o "azeite, vinho e bacalhau entram por Santa Catarina", que depois são redistribuídos um pouco por todo o país, detalhou o delegado da AICEP.