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Inflação nos Estados Unidos supera previsões e acelera para 9,1%
Inflação atingiu o valor mais alto em quatro décadas. Habitação, gasolina e alimentos foram os setores que mais contribuíram para este aumento.
13 de Julho de 2022 às 15:10
A inflação nos Estados Unidos atingiu os 9,1% em termos homólogos, superando as previsões dos economistas, que previam uma taxa de 8,8%. É o valor mais alto em quatro décadas, desde 1981.
Os dados oficiais, esta quarta-feira divulgados, acentuam a pressão sobre a Reserva Federal para uma nova subida das taxas de juro. A inflação ultrapassou as previsões dos economistas pelo quarto mês consecutivo.
Pouco antes de estes dados serem divulgados, a Casa Branca já tinha indicado que esperava uma inflação "muito elevada".
Em relação ao mês anterior, o aumento de preços em junho foi de 1,3%, contra 1% em maio, acima do previsto pelos analistas ouvidos pela Bloomberg, que antecipavam uma inflação de 8,8%, na comparação com o período homólogo de 2021 e de 1,1% face ao mês anterior.
O aumento de preços envolve todos os setores, segundo o comunicado do Departamento do Trabalho, mas os que mais contribuíram para a subida foram a habitação, a gasolina e os alimentos.
Os preços da energia registaram um aumento de 41,6% desde há um ano, o que representa a maior subida desde abril de 1980.
Sem os preços dos alimentos e da energia, que são os mais voláteis e que têm sido particularmente afetados pela guerra na Ucrânia, a inflação subjacente abrandou em relação a maio (5,9% contra 6%), mas na comparação mensal avançou 0,7%, após 0,6% nos dois meses anteriores.
A Reserva Federal (Fed), banco central norte-americano, começou em março a subir as taxas de juro para conter a inflação.
Em junho, a Fed aprovou um aumento da sua taxa de juro de referência em 75 pontos base, o maior desde 1994.