O índice de custos do trabalho, no primeiro trimestre de 2008, cresceu a uma taxa inferior à que foi registada no período homólogo do ano anterior.

"O índice de custo do trabalho (ICT), excluindo a administração pública e corrigido dos dias úteis, registou um valor de 113,8 no primeiro trimestre de 2008, a que correspondeu uma variação homóloga de 3,0%, evolução inferior à observada no mesmo período do ano anterior" que tinha sido de 3,4%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nos três primeiros meses do ano, o custo médio horário na maioria das actividades económicas observadas aumentou. As categorias de actividades imobiliárias e educação foram as que mais contribuíram para o acréscimo registado, no período estudado, com um crescimento de 10,6% e 9,7% respectivamente.

Por outro lado, as actividades de electricidade, gás e água e indústrias extractivas apresentaram uma redução face ao período homólogo do ano de 2007. A primeira categoria caiu 5,9% e a segunda 10,8%.

Numa analise por regiões, verifica-se que a Região Autónoma da Madeira, que cresceu 11,7%, e a região Norte, que avançou 4,3%, foram as únicas que superaram a média de 3% do índice.

Nos grupos profissionais de dirigentes e quadros superiores de empresas apresentaram uma taxa de crescimento do custo médio horário de 5,5% enquanto que os trabalhadores não qualificados apresentaram um crescimento de 4,4%.

Por outro lado, os grupos profissionais operários, artífices e trabalhadores similares apresentaram um decréscimo da taxa do custo médio horário face ao mesmo período do ano anterior 0,1% e o pessoal dos serviços e vendedores de 2,1%.

A nível internacional os dados disponíveis são referentes ao quarto trimestre de 2007, e revelam que "a variação homóloga do ICT divulgada pelo Eurostat, para a UE27, foi de 3,5%. A evolução homóloga em Portugal foi de 5,0 %".