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Índia é o país que mais compra a Moçambique com mais de 300 milhões de euros em três meses

No primeiro trimestre de 2024, o total das exportações de Moçambique ascenderam a 1.764 milhões de dólares (1.615 milhões de euros), um ligeiro aumento de 53 milhões de dólares (48,5 milhões de euros) em relação a mesmo período de 2023.

DR
14 de Agosto de 2024 às 07:15
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A Índia voltou a ser o país que mais comprou a Moçambique no primeiro trimestre, no valor de 331 milhões de dólares (303 milhões de euros), equivalente a 18,8% das exportações moçambicanas em três meses.

De acordo com dados de um relatório sobre o comércio externo do primeiro trimestre de 2024, do Banco de Moçambique e ao qual a Lusa teve hoje acesso, a Índia comprou essencialmente gás natural e carvão mineral, os dois principais produtos de exportação moçambicana, mas também legumes secos e castanha de caju.

A África do Sul, com 16,9% do total das exportações, avaliadas em 298,5 milhões de dólares (273,2 milhões de euros), aumentou ligeiramente o peso das compras a Moçambique -- 16,3% no mesmo período de 2023 -, "com destaque" para energia elétrica, gás natural, carvão e banana, refere o relatório.

Já a Coreia do Sul, com um peso de 11,4% do total, foi o terceiro país que mais comprou a Moçambique de janeiro a março, no valor de 202 milhões de dólares (185 milhões de euros), "um incremento de mais de 100% em relação ao mesmo período de 2023", essencialmente de carvão e gás natural.

A China aumentou as compras a Moçambique neste período, em termos homólogos, em 79,1%, chegando a 197 milhões de euros (180,3 milhões de euros) em três meses, equivalente a uma quota de 11,2%, sobretudo gás natural, areias pesadas, areias naturais e carvão.

No primeiro trimestre de 2024, o total das exportações de Moçambique ascenderam a 1.764 milhões de dólares (1.615 milhões de euros), um ligeiro aumento de 53 milhões de dólares (48,5 milhões de euros) em relação a mesmo período de 2023.

No sentido contrário, a África do Sul foi novamente o país que mais vendeu a Moçambique no primeiro trimestre, no valor de 481 milhões de dólares (440,2 milhões de euros) -- 23,2% do total das importações -, sobretudo energia elétrica, automóveis para transporte de mercadorias, milho, aparelhos elétricos e barras de ferro.

Com um peso de 17,9%, a China viu as vendas a Moçambique crescerem 21,4% em termos homólogos, para o equivalente a 361,3 milhões de dólares (330,7 milhões de euros), fornecendo neste período sobretudo tratores, navios e barcos para transporte, pesticidas, sementes e frutos, e materiais agrícolas.

Os Emirados Árabes Unidos venderam 8,1% das importações feitas por Moçambique nos primeiros três meses, registando uma redução homóloga de 37,9%, para 163 milhões de dólares (149,2 milhões de euros), sobretudo combustíveis, materiais agrícolas, soja e óleos, enquanto a Índia vendeu 150,7 milhões de dólares (138 milhões de euros) - menos 1,9% face a 2023 -, essencialmente combustíveis, arroz e medicamentos.

Nos primeiros três meses de 2024, indica o relatório do banco central, "a fatura de importação de bens reduziu em 2,5%", para 2.020 milhões de dólares (1.849 milhões de euros).


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