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Incerteza política atira banca grega para quedas de 20%

Bolsa grega em mínimos, bancos em queda abrupta. Foi negativa a resposta do mercado helénico ao sufrágio que deu a vitória à direita Nova Democracia. Uma eleição que, ainda assim, não lhe deu nenhuma maioria absoluta, o que dificulta a formação de um governo.

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As descidas de 20% de dois dos bancos gregos cotados foram um dos destaques no mercado accionista helénico no dia que se seguiu às eleições.

O líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, tem mandato para criar um governo, mas o facto de não ter obtido uma larga margem traz preocupações sobre em que condições será formado um novo Executivo, o que conduziu ao pessimismo dos investidores.

Numa sessão em que a Europa até conseguiu fechar em alta, com o Stoxx Europe 600 a ganhar 0,70% naquela que foi a maior valorização em três semanas, o índice geral da bolsa helénica recuou 6,4%, marcando o deslize mais expressivo desde Novembro.

Já o índice das 20 maiores empresas da bolsa grega, o FTSE/ASE 20, cedeu 7,96% para 242,6 pontos, o valor mais baixo de sempre, de acordo com os dados compilados pela agência Bloomberg.

A banca foi um dos sectores que mais penalizou Atenas, já que são os que mais expostos estão ao desempenho da economia. O EFG Eurobank Ergasias e o Alpha Bank cederam mais de 19%. Já o Piraeus Bank recuou mais de 13%, enquanto o National Bank of Greece marcou a desvalorização menos abrupta: 8%.

Fora do sector financeiro, a empresa de electricidade do país, a Public Power Corporation, caiu 14% para 2,14 euros.

Situação tem de estar resolvida até Junho

A penalizar esteve, sobretudo, o facto de o primeiro passo para formar um governo ter sido mal sucedido, abrindo receios de que até se tenham de realizar novas eleições no país. A reunião entre Antonis Samaras, do partido Nova Democracia, com o líder da segunda força mais votada, a Coligação de Esquerda Radical (SIRYZA), Alexis Tsipras, acabou com a recusa de uma coligação por parte do último.

Os resultados divididos na Grécia, sem um vencedor definido e com uma dispersão dos votos por várias forças políticas, acabaram por trazer incertezas políticas para o país, em crise profunda.

“A bolsa está a responder de modo negativo ao resultado eleitoral. A situação política na Grécia tem de ficar resolvida rapidamente para que o novo plano orçamental esteja em acção em Junho, de forma a garantir mais ajuda económica”, comentou à Bloomberg o estratega do BankInvest Assent Management A/S, Frank Velling.

Na Europa, os mercados, que tinham também iniciado no vermelho, recuperaram depois de Angela Merkel garantir que vai receber o novo presidente da França, François Hollande, de “braços abertos”, aliviando os receios de que a campanha eleitoral em que o francês atacou Merkel possa trazer dificuldades às soluções para resolver a crise da dívida na Europa.

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