Notícia
Incêndios: 12 habitantes de aldeias em Abrantes retirados das suas casas
Doze habitantes de aldeias afectadas por um incêndio no concelho de Abrantes foram retiradas por precaução das suas casas, com o fogo, um dos quatro por dominar em Portugal continental, a mobilizar mais operacionais, informou hoje a Protecção Civil.
A informação foi prestada aos jornalistas pela adjunta de operações nacional da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), Patrícia Gaspar, na sede da entidade, em Carnaxide, em Oeiras, num novo balanço, ao fim da tarde, sobre os incêndios em curso.
Patrícia Gaspar precisou em declarações à Lusa, no final do balanço, que foram retiradas das suas casas, por precaução, pessoas mais vulneráveis, incluindo idosos, duas crianças e um doente acamado, que vivem nas aldeias de Pucariça, Braçal, Medroa, Vale de Chóis, Aldeia do Mato e Carreira do Mato.
As pessoas foram encaminhadas para o regimento de apoio militar de emergência em Abrantes e para o centro social de Souto, podendo regressar às suas habitações assim que estiverem reunidas novamente as condições de segurança, adiantou.
Durante a tarde, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, afirmou que foram retiradas 50 pessoas das aldeias evacuadas.
No combate às chamas, dificultado por "ventos muito inconstantes", que propiciam "novos focos de incêndio", estavam envolvidos, ao final da tarde de hoje, 663 operacionais, auxiliados por oito meios aéreos, incluindo dois aviões espanhóis, indicou Patrícia Gaspar.
Segundo a ANPC, havia pelas 19:00 mais três incêndios por dominar, em Grândola (Setúbal), Mealhada (Aveiro) e Montemor-o-Velho (Coimbra).
Desde as 00:00 de hoje, a ANPC registou 169 fogos florestais. Patrícia Gaspar alertou para o risco de incêndio nos próximos dias, devido à previsão do aumento da temperatura e de vento moderado a forte, mantendo-se o alerta laranja.