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Holanda: Perda de maioria arrisca dificultar controlo do défice

Primeiro-ministro holandês afasta cenário de eleições antecipadas. Acredita que será possível fazer aprovar novo pacote de austeridade para cumprir meta do défice.

21 de Março de 2012 às 13:02
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Mark Rutte, primeiro-ministro holandês, afasta a possibilidade de convocar eleições antecipadas, depois de um deputado anti-imigração ter abandonado o Partido da Liberdade que apoia a coligação liderada pelos liberais. A perda de maioria parlamentar (o Governo conta agora com 75 deputados aliados em 150) tenderá a tornar mais difícil a aprovação do novo pacote de medidas de austeridade, sem o qual o país não conseguirá cumprir o compromisso de baixar o défice para 3% do PIB no próximo ano.

"Não vejo qualquer motivo para eleições", respondeu ontem Rutte, na sequência dos apelos lançados pelos socialistas e verdes, na oposição. Rutte alega que, na realidade, tem governado com um Executivo minoritário que tem sido capaz de fazer alianças no Parlamento, lembrando que os dois partidos da coligação – os liberais (VVD) e os cristãos-democratas (CDA) – apenas têm 52 deputados eleitos.


A economia holandesa voltou a entrar em recessão ainda em 2011, devendo contrair 0,75% ao longo deste ano, e uma das consequências é que será agora ainda mais difícil ao Governo cumprir a meta de 3% do PIB para o défice prometida para 2013.

A Holanda pertence ao grupo, cada vez mais reduzido, dos apenas quatro países do euro que ainda dispõem de "rating" máximo das principais agências de notação financeira. Mas arrisca-se a engrossar a lista dos "prevaricadores" do euro, até agora dominada por países do Sul.

Nas contas actualizadas do gabinete holandês do Planeamento, na ausência de medidas adicionais o défice orçamental holandês ascenderá no próximo ano a 4,6%. Para atingir os 3%, serão necessárias poupanças da ordem de 16 mil milhões de euros.

O primeiro-ministro tem sido muito firme a respeito da necessidade de cumprir as metas, alegando que a disciplina orçamental é fundamental para criar crescimento e empregos sustentáveis. Rutte é ainda um defensor de um papel mais limitado do Estado.
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