António Guterres, na Assembleia República, divulgou hoje um plano para «inverter o risco de desaceleração da economia portugesa». O Primeiro Ministro quer acelerar o ritmo de execução do investimento público, incentivar o investimento estrangeiro e apoiar o investimento privado.

Num conjunto de cinco medidas, Guterres afirmou ainda que o Governo pretende apoiar o investimento privado, acelerando a execução do Plano Operacional de Economia (POE), para além de apostar nas exportações, privilegiando o mercado espanhol e aprofundar a consolidação das Finanças Públicas.

No que diz respeito a acelerar o ritmo de execução do investimento público, Guterres afirmou que «estamos a concretizá-lo. As promoções de obras públicas cresceram 43,3% no primeiro trimestre deste ano. Os trabalhos realizados, 142,3%».

Na captação de investimento estrangeiro, o Primeiro Ministro afirma que «em 2001 estão prontos para assinatura de 4 contratos, 22 em análise e negociação. Um total de 897 milhões de euros (180 milhões de contos). Acrescentam-se 20 novas intenções, no valor de 698 milhões de euros (140 milhões de contos). Queremos um Portugal mais atractivo para investimento de qualidade».

Na aceleração da execução do POE, Guterres revelou que «só no Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial, o mais estruturante (serão investidos) 3,99 mil milhões de euros (800 milhões de contos) em contratos de investimento.

Guterres afirmou também que « mais crescimento com mais equilíbrio externo exige uma aposta decidida nas exportações. Não há soluções únicas mas há uma grande oportunidade: o mercado espanhol. Porque é o mais próximo, porque era dos mais fechados e se tem vindo a abrir, pelo desnível das nossas trocas».

Por último, Guterres adiantou que o Governo vai implementar um grupo de medidas de contenção da despesa pública, na execução orçamental de 2001 e na preparação do Orçamento de 2002, «sem por em causa o investimento público e em particular a execução do QCA.