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Greve geral com níveis de adesão entre 16,67% e 100%

A greve geral decretada para hoje pela CGTP está a registar níveis de adesão entre os 16,67 e os 100 por cento, com especial incidência nos sectores de recolha do lixo, hospitais e transportes.

30 de Maio de 2007 às 08:10
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A greve geral decretada para hoje pela CGTP está a registar níveis de adesão entre os 16,67 e os 100 por cento, com especial incidência nos sectores de recolha do lixo, hospitais e transportes.

Presente no início da paralisação nas oficinas municipais de Loures, Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, mostrou-se satisfeito com o "bom indicador" da adesão à greve dos trabalhadores da recolha do lixo em Loures, revelando-se convicto de que a paralisação "vai ser grande" a nível nacional.

Aumento do desemprego e da precariedade, as perdas salariais e de direitos e o agravamento das desigualdades sociais são os principais motivos que levaram a CGTP a marcar a greve geral.

A central sindical já anunciou que vai impugnar judicialmente algumas decisões arbitrais, que considera ilegais, de imposição de serviços mínimos, sobretudo nos transportes.

No Metropolitano os trabalhadores recusaram cumprir os serviços mínimos, segundo fonte da empresa, pelo que todas as operações foram suspensas às 00:00 de hoje. Durante o dia de hoje só deverão circular composições nas linhas Amarela (Odivelas-Rato) e Azul (Amadora-Baixa/Chiado).

Nas ligações fluviais asseguradas pela Soflusa entre Lisboa e o Barreiro a carreira das 01:00 acabou por se realizar, embora mais tarde que o previsto, o mesmo acontecendo com a das 06:15, que chegou ao Terreiro do Paço cerca das 06.35.

A CP registou hoje até às 05:30 "perturbações" na circulação, tal como previa, mas a maior parte das ligações ferroviárias decorreu normalmente, segundo o porta-voz da empresa.

Não se realizaram até às 05:30 duas ligações na linha do Sado (Barreiro-Setúbal) e quatro na linha do Porto, duas das quais na linha do Douro e duas na linha de Aveiro. A circulação ferroviária está realizar-se normalmente nas linhas de Sintra, Cascais, Azambuja, bem como em todas as ligações regionais e de longo curso, disse ainda a mesma fonte.

No sector da saúde, registaram-se no início da greve adesões a 100 por cento em algumas das principais unidades, como o Hospital de São José, em Lisboa, o de São João, no Porto, e o Centro Hospitalar de Coimbra, de acordo com fontes da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSFP).

Também o Instituto Nacional Emergência Médica (INEM) registou, segundo aquela fonte sindical, uma adesão de 100 por cento.

Noutros hospitais de Lisboa, a greve oscilou entre os 90 e os 75 por cento: Santa Maria (90 por cento), Curry Cabral (79 por cento) e São Francisco Xavier (75 por cento). Pelo país, no Hospital de Portalegre registou-se uma adesão à greve de 84,6 por cento, no Hospital da Cova da Beira, na Covilhã, de 65 por cento, em Faro de 63,9 por cento e em Lagos de 50 por cento.

A adesão mais baixa à greve registou-se no Hospital de Castelo Branco, apenas com 17 por cento.

Em termos gerais, segundo dados da CGTP referentes ao período da noite e início da madrugada, a adesão dos trabalhadores tem oscilado entre os 16,67 e os 100 por cento. A paralisação está a ser total naqueles turnos em locais como o Hospital da Póvoa de Varzim-Vila do Conde, Câmaras de Évora e Vendas Novas, entre outras, e empresas como a Tabaqueira ou a Centralcer.

Os níveis mais baixos de adesão foram registados na Qimonda (ex-Infineon, empresa de semicondutores em Vila do Conde), com 16,67 por cento, e no Hospital de Vila Nova de Gaia.

Trata-se dos primeiros dados da greve geral recebidos pela CGTP até às 01:00 de hoje e que se referem sobretudo a serviços municipais de recolha de lixo, hospitais e serviços de transporte.

A CGTP marcou a greve geral de hoje para exigir uma mudança de rumo para as políticas económicas e sociais de modo a garantir aos portugueses melhores condições de vida e de trabalho.

A última greve geral, também convocada pela CGTP, realizou-se em Dezembro de 2002 contra o Código de Trabalho, que entrou em vigor um ano mais tarde, depois de sofrer muitas alterações.

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