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Governo activa 19 milhões para protecção de consumidores
O Fundo para a Promoção dos Direitos dos Consumidores foi criado em 2008, mas até agora ainda não foi utilizado. O Governo alterou algumas regras e vai lançar concurso para receber candidaturas durante a próxima semana
Secretário de Estado-Adjunto da Economia, Almeida Henriques, tem tutela do direito dos consumidores |
"A abertura da fase de candidatura ao fundo dos consumidores será efectuada através de anúncio público emitido pela Direcção-Geral do Consumidor, através do qual se divulgam as condições específicas da candidatura", explica a mesma fonte, adiantando que o anúncio deve ser publicado durante esta semana.
O Fundo do Consumidor, criado em 2008, pretende estimular e apoiar o desenvolvimento de iniciativas relevantes em matéria de defesa dos direitos dos consumidores. Segundo o Ministério da Economia, "o Fundo permitirá financiar um conjunto de projectos e actividades que visem a protecção dos direitos dos consumidores (...), o que inclui, designadamente, a promoção e qualificação dos mecanismos alternativos de litígios de consumo, como são os Centros de Arbitragem de Conflitos de Consumo".
Segundo está previsto, o fundo irá financiar mecanismos extrajudiciais de acesso à Justiça pelos consumidores, que não tenham comparticipação pública, e projectos locais de promoção dos direitos dos consumidores e acções de informação e educação. "Dependendo das tipologias de projectos são, designadamente, beneficiárias entidades como os centros de arbitragem de conflitos de consumo, associações de consumidores e centros de informação autárquicos.
O Fundo deve manter-se activo durante 10 anos e é financiado pelas cauções cobradas aos consumidores pelos prestadores de serviços de electricidade, gás natural e água que não sejam susceptíveis de serem desenvolvidas, e de montantes que se obtenham de aplicações financeiras. O Fundo tem, neste momento, 19 milhões de euros disponíveis, mas até final de 2013 terá de assegurar a devolução de cauções entregues pelos consumidores.
A gestão do fundo está centrada, na vertente técnica, à Direcção-Geral do Consumidor e, na componente financeira, à Direcção-Geral do Tesouro e Finanças. A primeira receberá 3% do valor disponível em cada fase de candidatura como comissão de gestão. E a segunda receberá 1%.