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Governo escolhe Sampaio da Nóvoa para embaixador de Portugal na UNESCO
O ex-reitor da Universidade de Lisboa e candidato derrotado à presidência da República será o próximo embaixador de Portugal junto da UNESCO.
O próximo embaixador de Portugal na UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) será António Sampaio da Nóvoa.
A noticia avançada pelo Público esta sexta-feira, 2 de Fevereiro, entretanto confirmada pelo Negócios, refere que o Governo escolheu o antigo reitor da Universidade de Lisboa para representar o país junto daquela organização do sistema das Nações Unidas.
Portugal voltará assim a ter representação permanente na UNESCO, isto depois de o anterior Governo ter prescindido de embaixador na organização a partir da vigência do programa de assistência financeira negociado com a troika. Neste intervalo de tempo Lisboa passou a estar representada na UNESCO pelo embaixador português em França. A sede da UNESCO é em Paris.
A decisão do actual Governo acontece depois de, em Novembro do ano passado, Portugal ter garantido a eleição para o conselho executivo da UNESCO. Mandato que termina em 2021. Portugal já foi eleito para este órgão da instituição entre 2007 e 2009.
O Público escreve que na base da escolha do Executivo socialista esteve a experiência de Sampaio da Nóvoa como reitor e docente universitário. O antigo reitor terá mesmo colaborado com a UNESCO no Brasil.
Para 2021 estão também previstas as eleições presidenciais, um acto eleitoral ao qual Sampaio da Nóvoa não exclui apresentar-se. O ex-reitor foi candidato nas presidenciais de 2016, tendo sido derrotado por Marcelo Rebelo de Sousa.
Sampaio da Nóvoa é alguém próximo do PS. Apesar de não ter recebido apoio formal do PS nessas presidenciais, que não apoiou directamente nenhum candidato, Sampaio da Nóvoa teve do seu lado diversas figuras de peso do PS, como os ex-presidentes socialistas Mário Soares e Jorge Sampaio. O professor universitário participou em diversos eventos ligados à esquerda, como os encontros na Aula Magna ou o Congresso do PS.
A escolha do embaixador na UNESCO compete ao Governo, contudo vigora a prática que faz com que essa decisão seja depois confirmada pelo Presidente da República.
A adesão de Portugal à UNESCO aconteceu em 1965, tendo havido um interregno entre 1972 e 1974, período em que o país abandonou a organização multilateral. Em 1975 foi criada a delegação permanente de Portugal junto da instituição internacional.