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Governo destaca fim da política de baixos salários e descarbonização como prioridades do PT2030

PT2030, que operacionaliza os cerca de 24 mil milhões de euros que o país irá receber no âmbito do novo quadro financeiro plurianual 2021-27, deverá ser apresentado a Bruxelas "até ao final do ano". Principais linhas orientadoras do PT2030 foram apresentadas esta tarde ao Conselho de Concertação Territorial.

Vítor Chi
08 de Novembro de 2021 às 20:01
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O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, destacou esta segunda-feira que a descarbonização e o fim da política de baixos salários como prioridades do Portugal 2030, que permitirá a Portugal usufruir de 24 mil milhões de euros nos próximos anos.

"Vamos continuar no caminho do abandono da ideia de sustentar a nossa competitividade em salários baixos, em direção a estratégias que privilegiem a criação de valor acrescentado, com recursos humanos qualificados e baseados na inovação e criatividade", defendeu Nelson de Souza, no final da reunião do Conselho de Concertação Territorial, onde foram apresentadas as principais linhas orientadoras do Acordo de Parceria PT2030.

Nelson de Souza disse também que o PT2030 traz "uma aposta decidida" para que se criem condições para descarbonizar a economia, "utilizando mecanismos que favoreçam a transição energética, mas também promovendo a biodiversidade, gerindo melhor os recursos renováveis e promovendo a economia circular".

Para isso, o ministro garante que haverá "medidas e incentivos concretos" para as empresas, famílias e administração pública e municipal.

A somar a isso, Nelson de Sousa destacou também "a forte aposta nos transportes públicos" e no "fortalecimento" das ligações ferroviárias e do investimento em mobilidade sustentável. 


O PT2030, que operacionaliza os cerca de 24 mil milhões de euros que o país irá receber no âmbito do novo quadro financeiro plurianual 2021-27, deverá ser apresentado a Bruxelas "até ao final do ano", como já tinha referido o ministro ao Negócios, e só depois serão concluídos os programas operacionais.

"É, nesses programas, que os portugueses terão oportunidade de ver a materialização deste conjunto de diretizes que agora vamos negociar com a Comissão e que, naturalmente, informarão e justificarão depois a apresentação das medidas e projetos em concreto", referiu o ministro, aos jornalistas, no Palácio Nacional da Ajuda. 

Após terem sido apresentadas as principais linhas orientadoras ao Conselho de Concertação Territorial, Nelson de Souza irá apresentar o documento aos partidos político esta terça-feira e deverá ouvir os parceiros sociais, em conjunto com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

Com base nos contributos recolhidos, o Conselho de Ministros deverá anunciar esta quinta-feira que irá colocar o documento em consulta pública na próxima semana, antes de ser enviado à Comisão Europeia.
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