Os gastos dos consumidores franceses caíram em Fevereiro prejudicados pelo aumento do desemprego na segunda maior economia da Zona Euro e pela valorização dos preços do petróleo.

Os gastos nos bens industriais sofreram uma redução de 1% depois de terem aumentado 2,1% em Janeiro, maior ganho dos últimos sete meses, anunciou hoje o instituto de estatísticas de França (Insee).

Esta queda foi maior do que a esperada pelos economistas consultados pela Bloomberg que apontavam para uma redução de 0,5%. Face ao período homólogo os gastos aumentaram 3,3%.

A taxa de desemprego francês alcançou o valor mais elevado dos últimos cinco anos nos 10,1% em Janeiro, prejudicando os gastos e as vendas de empresas como as Galerias Lafayette. No ano passado, tinham sido os gastos dos consumidores a contribuir para o crescimento do país ultrapassar o da Zona Euro.

A valorização de 38% nos preços do petróleo e a apreciação de 7% do euro face ao dólar nos últimos seis meses ameaça prejudicar os gastos domésticos e as exportações da Zona Euro. O ministro das Finanças francês, Thierry Breton reduziu as estimativas para o crescimento económico do país em 2005 no dia 16 de Março.

Segundo o mesmo responsável, o PIB francês deverá expandir-se 2% este ano, contra as anteriores previsões de 2,5% e de um crescimento de 2,3% em 2004. Fonte oficial do governo alemão, que não quis ser identificada, disse à agência noticiosa norte-americana que a maior economia da Europa poderá rever em baixa as previsões pela quarta vez num ano de 1,6% para 1%.