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G20 admite reunião de emergência devido à subida dos preços dos cereais

França e Estados Unidos admitem convocar uma reunião de emergência do G20 para analisar a subida do preço dos cereais e garantem que estão prontos para tomar medidas que travem a escalada dos preços.

13 de Agosto de 2012 às 14:47
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O "El País" avança que os "Estados Unidos e a França estão em estado de alerta devido ao preço dos cereais e avaliam, nesta altura, a possibilidade de convocarem uma reunião de emergência do G20", de acordo com um comunicado do ministro da Agricultura francês, Stéphane Le Foll.

França, que preside actualmente ao sistema de informação sobre os mercados agrícolas das Nações Unidas, tinha já admitido a possibilidade de convocar uma reunião de emergência, caso a situação de seca nos Estados Unidos e na Rússia não registasse melhorias.

Os Estados Unidos atravessam um grave período de seca, que está a afectar a maioria do país, e que já levou a Administração Obama a tomar medidas extraordinárias. Entre elas, conta-se o financiamento de 30 milhões de dólares (24,4 milhões de euros) para ajudar os produtores a ter acesso ao fornecimento de água e a facilitar o recurso a empréstimos bancários.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos garante, no seu site, que não espera "uma subida significativa dos preços dos alimentos devido à seca".

"Apesar dos preços das matérias-primas estarem a subir, estes têm pouco impacto nos preços que as pessoas pagam nas lojas. Outros factores como os custos de energia e de transporte representam 86% custo total dos alimentos ao nível do retalho", explica o departamento, avançando que caso os preços das matérias-primas dupliquem, os preços dos alimentos subirão cerca de 14%.

Os mais recentes dados da FAO indicam que a seca nos Estados Unidos e na Rússia já está a ter um forte impacto nos preços dos cereais. Por exemplo, os danos causados pela seca nas colheitas de milho já provocaram uma subida de 23% no preço deste cereal. E no caso do trigo, os preços internacionais já subiram 19% devido às perspectivas de uma fraca colheita na Rússia.

O índice da FAO que mede as alterações mensais nos preços internacionais das matérias-primas alimentares subiu 6% em Julho de 2012, após seis meses em queda, devido, precisamente, a um aumento dos preços dos cereais e do açúcar.

As mais recentes previsões do Federal Hydrometeorological Center russo indicam que as condições meteorológicas para as próximas semanas são "satisfatórias" para a fase final da colheita de milho. A Rússia, que no ano passado foi o terceiro maior exportador de trigo, deverá registar uma colheita entre 75 milhões de 80 milhões de toneladas, abaixo das 94,2 milhões de toneladas registadas em 2011.
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