O director geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato, saudou hoje em Viena o endurecimento das políticas monetárias no mundo, mas apelou à prudência do Banco Central Europeu, para não ameaçar a retoma na Zona Euro.

«A diminuição dos estímulos monetários à escala da economia mundial é um movimento absolutamente são, [mas] consideramos também que a política monetária da União Europeia tem de estar atenta ao facto da retoma do crescimento na Europa estar só no início», declarou à imprensa, à margem de um fórum sobre globalização, na capital austríaca.

Estas declarações surgem numa altura em que a multiplicação das advertências dos responsáveis da política monetária europeia sobre os riscos inflacionistas deixa antever a possibilidade de um aumento das taxas de juro em meio ponto, para 3%, contra os 0,25 pontos dos últimos ajustamentos em Dezembro e Março.

Terça-feira passada, Klaus Liebscher, um dirigente do BCE, repetiu que a política continuava «muito acomodatícia», reforçando a probabilidade de um aumento das taxas na próxima reunião do conselho de política monetária do BCE a 8 de Junho em Madrid.

A publicação há duas semanas de um produto interno bruto (PIB) da Zona Euro em alta de 0,6% no primeiro trimestre face aos últimos três meses de 2005 tinha reforçado a convicção dos responsáveis da oportunidade de um aumento das taxas para contrariar os efeitos inflacionistas da escalada dos preços do petróleo.