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Famílias portuguesas ficaram mais ricas ao longo da década de 90

O património das famílias portuguesas em percentagem do rendimento disponível aumentou nos últimos 25 anos com uma tendência mais acentuada durante a década de 90, revela um estudo publicado no Boletim de Outono do Banco de Portugal.

15 de Novembro de 2005 às 16:23
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O património das famílias portuguesas em percentagem do rendimento disponível aumentou nos últimos 25 anos com uma tendência mais acentuada durante a década de 90, revela um estudo publicado no Boletim de Outono do Banco de Portugal.

O crescimento da riqueza dos particulares foi acompanhado de um aumento do endividamento, principalmente relacionado com a aquisição de habitação «não obstante, o património líquido do endividamento registou igualmente uma evolução positiva no período considerado, embora bastante mais atenuada do que a dos activos, mantendo-se o perfil ascendente até ao final do anos 90», explicam as autoras do estudo, Fátima Cardoso e Vanda Geraldes da Cunha do departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal.

Ao longo dos últimos 25 anos a parcela de património financeiro das famílias foi-se tornando cada vez mais importante no valor da riqueza global enquanto a componente habitação diminuiu o peso relativo principalmente a partir da segunda metade da década de 90.

O estudo revela ainda que a descida das taxas de juro reais e nominais condicionou as escolhas dos particulares permitindo que um número cada vez maior acedesse à aquisição de habitação e fazendo com que optassem por financiar parcelas cada vez maiores do valor da habitação.

Por outro lado a composição da carteira de activos financeiros «tornou-se mais diversificada, com uma redução da sua liquidez, mas ainda assim "conservadora" quando comparada com a de outros países europeus», acrescentam as autoras.

O desenvolvimento do sistema financeiro, com o processo de abertura dos sectores bancários à iniciativa financeira, que começou em 1983 alteraram a composição da carteira de activos das famílias.

Na primeira metade dos ano 80 a componente acções e outras participações representava 15% da carteira dos particulares, este valor ultrapassava os 30% em 2000.

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