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Famílias terão de compensar travão às prestações da casa
As famílias que optarem por aderir ao mecanismo que permitirá baixar juros associados ao crédito, estabilizando as prestações durante dois anos, terão mais tarde de compensar essa redução, de acordo com as informações avançadas pela RTP e pelo Expresso.
A intenção de aprovar um diploma "que estabilizará durante um período de dois anos o valor das prestações" da casa foi anunciada esta quarta-feira por Fernando Medina, à saída de uma reunião de concertação social.
O mecanismo está a ser preparado com os bancos e com o Banco de Portugal e, tal como o Negócios explicou esta quinta-feira, a ideia não é congelar as prestações, mas evitar oscilações.
Na quinta-feira, o BCE decidiu mais um aumento das taxas de juro, sinalizando que se poderão manter a este nível durante algum tempo.
O Expresso escreve esta sexta-feira que a ideia é que após o período de dois anos a redução nos juros seja compensada nas prestações seguintes. Desta forma, evitam-se novas subidas repentinas, mas o valor a pagar ao banco ao longo do tempo vai acabar por ser o mesmo.
O semanário adianta que embora os valores não estejam fechados, o mecanismo poderá permitir que numa primeira fase as famílias paguem uma prestação que reflita 75% do valor da Euribor.
Também a RTP noticiou que quando os juros voltarem a diminuir a prestação não vai baixar tanto como baixaria sem este mecanismo.
Bonificação de juros alargada
Esta manhã, à entrada para a reunião informal dos ministros europeus das Finanças, Fernando Medina confirmou que o Governo está a trabalhar em aprovar dois diplomas na próxima reunião de Conselho de Ministros.
Sem adiantar detalhes, o ministro das Finanças disse que "o objetivo é por um lado estabilizar as prestações durante um determinado período, isto é, devolver tranquilidade às famílias num período de subida de taxas de juro".
"A linha de fundo é uma estabilização relativamente às prestações e uma segunda linha é um alargamento do apoio à bonificação de juros para as famílias que têm hoje já taxas de esforço acima de 35% e sobretudo para aquelas que têm hoje taxas de esforço acima de 50%. Nós vamos alargar os critérios de acesso, vamos facilitar o acesso das famílias aos juros bonificados. Aprovaremos a medida já na próxima semana", disse o ministro das Finanças, em declarações transmitidas pela RTP.
Notícia atualizada com as declarações de Fernando Medina