Notícia
Ex-ministro das Finanças austríaco condenado a oito anos de prisão por corrupção
Um ex-ministro das Finanças austríaco foi hoje condenado a oito anos de prisão, depois da venda maciça e subvalorizada de imóveis públicos com prejuízo de quase 10 milhões de euros, segundo um jornalista da France-Presse (AFP) presente no tribunal.
04 de Dezembro de 2020 às 15:43
Antigo protegido do líder de extrema-direita Jörg Haider nos anos 2000, Karl-Heinz Grasser, de 51 anos, foi apelidado de "ministro do 'glamour'" pela imprensa, devido à sua aparência física e ao casamento com uma herdeira do império de joalharia Swarovski.
Depois de um longo julgamento de três anos, foi considerado culpado em primeira instância, juntamente com sete outros arguidos, num processo apresentado na imprensa como "o maior caso" já visto no país da Europa central.
Grasser, cujos crimes remontam a 2004, negou as acusações de peculato, corrupção e falsificação de provas e anunciou que vai recorrer da decisão.
A justiça austríaca concluiu que a maior venda de bens imóveis nacionais alguma vez realizada foi feita para o interesse próprio de Grasser e de familiares.
O antigo jovem prodígio da política nacional é acusado de ter fornecido informações confidenciais durante a operação de privatização de cerca de 60.000 imóveis do Estado pertencentes à empresa pública Buwog, em 2004, e de ter sido remunerado por essas informações.
Durante o julgamento, a sua testemunha de casamento admitiu ter transmitido informações privilegiadas que permitiram a um consórcio adquirir esses apartamentos à República da Áustria apresentando uma proposta um milhão de euros superior à do concorrente.
Karl-Heinz Grasser, que conhecia o valor dessa proposta concorrente, foi o "único informante" segundo o juiz.
De acordo com especialistas, os imóveis, maioritariamente localizados na capital, foram vendidos a um preço médio de cerca de 16.000 euros por imóvel, mas, segundo estimativas, valiam o dobro.
O ex-ministro e pelo menos outros dois arguidos receberam 'luvas' no valor de 9,6 milhões de euros, fundos transferidos posteriormente para o Liechtenstein, segundo o tribunal.
Os arguidos foram colocados "perante incoerências que não puderam esclarecer" e certas explicações que "pareciam muito rebuscadas", reagiu à AFP o ex-diretor da Faculdade de Direito de Viena, Heinz Mayr.
O caso tem feito manchetes de jornais na última década, já que Karl-Heinz Grasser beneficiou durante as suas funções da notoriedade e popularidade, o que lhe permitiu aspirar aos mais altos cargos.
Depois de um longo julgamento de três anos, foi considerado culpado em primeira instância, juntamente com sete outros arguidos, num processo apresentado na imprensa como "o maior caso" já visto no país da Europa central.
A justiça austríaca concluiu que a maior venda de bens imóveis nacionais alguma vez realizada foi feita para o interesse próprio de Grasser e de familiares.
O antigo jovem prodígio da política nacional é acusado de ter fornecido informações confidenciais durante a operação de privatização de cerca de 60.000 imóveis do Estado pertencentes à empresa pública Buwog, em 2004, e de ter sido remunerado por essas informações.
Durante o julgamento, a sua testemunha de casamento admitiu ter transmitido informações privilegiadas que permitiram a um consórcio adquirir esses apartamentos à República da Áustria apresentando uma proposta um milhão de euros superior à do concorrente.
Karl-Heinz Grasser, que conhecia o valor dessa proposta concorrente, foi o "único informante" segundo o juiz.
De acordo com especialistas, os imóveis, maioritariamente localizados na capital, foram vendidos a um preço médio de cerca de 16.000 euros por imóvel, mas, segundo estimativas, valiam o dobro.
O ex-ministro e pelo menos outros dois arguidos receberam 'luvas' no valor de 9,6 milhões de euros, fundos transferidos posteriormente para o Liechtenstein, segundo o tribunal.
Os arguidos foram colocados "perante incoerências que não puderam esclarecer" e certas explicações que "pareciam muito rebuscadas", reagiu à AFP o ex-diretor da Faculdade de Direito de Viena, Heinz Mayr.
O caso tem feito manchetes de jornais na última década, já que Karl-Heinz Grasser beneficiou durante as suas funções da notoriedade e popularidade, o que lhe permitiu aspirar aos mais altos cargos.