Notícia
EUA e aliados europeus financiam Kremlin com importações de material nuclear
A dependência da energia nuclear deve aumentar à medida que os Estados adotam alternativas aos combustíveis fósseis.
10 de Agosto de 2023 às 23:21
Os EUA e os aliados europeus estão a importar quantidades elevadas de combustível e material nuclear da Federação Russa, o que garante ao Kremlin centenas de milhões de dólares em receitas muito necessárias para financiar a invasão da Ucrânia. As vendas, que são legais e não sujeitas a sanções, motivaram alarmes de peritos em não-proliferação, que afirmam que as importações estão a ajudar a financiar o desenvolvimento do arsenal nuclear russo e a prejudicar os esforços para reduzir a capacidade bélica de Moscovo.
A dependência dos produtos nucleares russos, usados na sua maioria em reatores nucleares civis, deixam os EUA e os aliados em risco de escassez energética se o presidente russo, Vladimir Putin, cortar estes fornecimentos. O desafio pode aumentar à medida que estes Estados procuram elevar a produção de eletricidade sem emissões de gases com efeito de estufa para combater as alterações climáticas.
"Temos de dar dinheiro às pessoas que fazem armas? É absurdo", comentou Henry Sokolski, diretor executivo do Nonproliferation Policy Education Center (Centro de Educação em Política de Não-Proliferação), sediado em Washington.
A Federação Russa vendeu cerca de 1,7 mil milhões de dólares em produtos nucleares a empresas nos EUA e na Europa, segundo informação disponível e analistas do setor.
As compras foram feitas apesar de o Ocidente ter aumentado as sanções Moscovo por causa da sua invasão da Ucrânia, em 2022, bloqueando importações de produtos russos, como petróleo, gás, vodka e caviar.
Mas as exportações russas de material nuclear cumprem um papel chave para manter os reatores nucleares a funcionar. A Federação Russa forneceu aos EUA cerca de 12% do seu urânio no ano passado, segundo a Agência de Informação de Energia norte-americana, e a Europa obteve 17%.
A dependência da energia nuclear deve aumentar à medida que os Estados adotam alternativas aos combustíveis fósseis. As centrais nucleares não produzem emissões, mas peritos alertam que a energia nuclear vem com o risco da fusão do reator e o desafio de armazenar de forma segura o lixo radioativo.
Existem cerca de 60 reatores em construção no mundo e 300 em fase de planeamento.
Muitos dos 30 Estados que geram energia a partir de 440 centrais estão a importar materiais radioativos da empresa estatal russa Rosatom. Esta, que assegura estar a construir 33 centrais em 10 Estados, juntamente com as suas filiais, exportou cerca de 2,2 mil milhões de dólares em bens e materiais relacionados com a energia nuclear em 2022, segundo informação analisada pelo centro de reflexão britânico Royal United Service Institute, que aliás admite que os valores sejam mais elevados, dada a dificuldade em identificar estas exportações.
A dependência dos produtos nucleares russos, usados na sua maioria em reatores nucleares civis, deixam os EUA e os aliados em risco de escassez energética se o presidente russo, Vladimir Putin, cortar estes fornecimentos. O desafio pode aumentar à medida que estes Estados procuram elevar a produção de eletricidade sem emissões de gases com efeito de estufa para combater as alterações climáticas.
A Federação Russa vendeu cerca de 1,7 mil milhões de dólares em produtos nucleares a empresas nos EUA e na Europa, segundo informação disponível e analistas do setor.
As compras foram feitas apesar de o Ocidente ter aumentado as sanções Moscovo por causa da sua invasão da Ucrânia, em 2022, bloqueando importações de produtos russos, como petróleo, gás, vodka e caviar.
Mas as exportações russas de material nuclear cumprem um papel chave para manter os reatores nucleares a funcionar. A Federação Russa forneceu aos EUA cerca de 12% do seu urânio no ano passado, segundo a Agência de Informação de Energia norte-americana, e a Europa obteve 17%.
A dependência da energia nuclear deve aumentar à medida que os Estados adotam alternativas aos combustíveis fósseis. As centrais nucleares não produzem emissões, mas peritos alertam que a energia nuclear vem com o risco da fusão do reator e o desafio de armazenar de forma segura o lixo radioativo.
Existem cerca de 60 reatores em construção no mundo e 300 em fase de planeamento.
Muitos dos 30 Estados que geram energia a partir de 440 centrais estão a importar materiais radioativos da empresa estatal russa Rosatom. Esta, que assegura estar a construir 33 centrais em 10 Estados, juntamente com as suas filiais, exportou cerca de 2,2 mil milhões de dólares em bens e materiais relacionados com a energia nuclear em 2022, segundo informação analisada pelo centro de reflexão britânico Royal United Service Institute, que aliás admite que os valores sejam mais elevados, dada a dificuldade em identificar estas exportações.