Notícia
Escalada de preços da energia coloca Alemanha em risco de desindustrialização
Os preços da eletricidade e do gás duplicaram em dois meses e a eletricidade anual superou os 540 euros por megawatt-hora, com o custo da energia a atingir máximos todos os dias. Há dois anos rondavam os 40 euros.
19 de Agosto de 2022 às 13:44
A Alemanha está em risco de sofrer uma desindustrialização, à medida que aumentam os preços da energia e os custos se tornam insustentáveis para as empresas.
Os preços da eletricidade e gás duplicaram em dois meses e a eletricidade anual, um valor de referência para o continente europeu, superou os 540 euros por megawatt-hora (MW), com os preços da atingirem máximos todos os dias. Há dois anos rondavam os 40 euros, e foram esses valores baixos que permitiram o crescimento da indústria no país nos últimos anos.
Em declarações ao jornal espanhol El Economista, Ralf Stoffels, CEO da BIW Isolierstoffe GmbH, uma empresa de peças de silicone para a indústria automóvel, explica que a "inflação é muito mais dramática aqui [na Alemanha] do que noutros lugares". O executivo teme mesmo "uma desindustrialização gradual da economia alemã".
A maior economia do Velho Continente dependia em larga escala de energia barata, fornecida pela Rússia, para apoiar o funcionamento das mais variadas centrais, sejam elas elétricas ou até mesmo fábricas. Ainda assim, o aumento dos preços ou mesmo a paragem completa da produção não são novidade - a produção de fertilizantes e aço, por exemplo, esteve restringida em dezembro do ano passado e março deste ano.
A mesma opinião tem Matthias Ruch, porta-voz da Evonik Industrias, a segunda maior fabricante de produtos químicos do mundo, que em entrevista ao jornal espanhol, explica que "os preços supõem uma carga pesada para as empresas que consomem muita energia e competem internacionalmente". Com o objetivo de poupar, a empresa está a substituir até 40% do volume de gás natural e a substituir por gás proveniente do petróleo e carvão. A saída da Alemanha, adianta o porta-voz, está fora de questão.
Adicionalmente, dados governamentais, analisados pela consultora Oxford Economics, dão conta de que a posição industrial da Alemanha tem vindo a diminuir. Nos primeiros seis meses do ano, as importações de produtos químicos aumentaram cerca de 27% em termos homólogos. Ao mesmo tempo, a produção destes materiais no país diminuiu em junho mais de 8%, em comparação com dezembro do ano passado.
Este aviso já foi feito em julho pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que alertou que a economia alemã era das apresentava os maiores riscos no grupo do G7 (que inclui o Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos), devido à larga dependência do gás russo.
Os preços da eletricidade e gás duplicaram em dois meses e a eletricidade anual, um valor de referência para o continente europeu, superou os 540 euros por megawatt-hora (MW), com os preços da atingirem máximos todos os dias. Há dois anos rondavam os 40 euros, e foram esses valores baixos que permitiram o crescimento da indústria no país nos últimos anos.
A maior economia do Velho Continente dependia em larga escala de energia barata, fornecida pela Rússia, para apoiar o funcionamento das mais variadas centrais, sejam elas elétricas ou até mesmo fábricas. Ainda assim, o aumento dos preços ou mesmo a paragem completa da produção não são novidade - a produção de fertilizantes e aço, por exemplo, esteve restringida em dezembro do ano passado e março deste ano.
A mesma opinião tem Matthias Ruch, porta-voz da Evonik Industrias, a segunda maior fabricante de produtos químicos do mundo, que em entrevista ao jornal espanhol, explica que "os preços supõem uma carga pesada para as empresas que consomem muita energia e competem internacionalmente". Com o objetivo de poupar, a empresa está a substituir até 40% do volume de gás natural e a substituir por gás proveniente do petróleo e carvão. A saída da Alemanha, adianta o porta-voz, está fora de questão.
Adicionalmente, dados governamentais, analisados pela consultora Oxford Economics, dão conta de que a posição industrial da Alemanha tem vindo a diminuir. Nos primeiros seis meses do ano, as importações de produtos químicos aumentaram cerca de 27% em termos homólogos. Ao mesmo tempo, a produção destes materiais no país diminuiu em junho mais de 8%, em comparação com dezembro do ano passado.
Este aviso já foi feito em julho pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que alertou que a economia alemã era das apresentava os maiores riscos no grupo do G7 (que inclui o Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos), devido à larga dependência do gás russo.