As empresa europeias não se encontram preparadas para a introdução do euro em 1 de Janeiro de 2001, não estando habilitadas para negociar num universo que engloba 300 milhões de consumidores da Zona Euro, revelou hoje um estudo efectuado pela Cap Gemini Ernest&Young.

O estudo surge numa altura em que faltam 500 dias para a implementação definitiva do euro como moeda física a utilizar dentro dos 11 países que aderiram à moeda única no princípio de 1999, em detrimento das divisas locais desses países. Os membros que aderiram ao euro são a Alemanha, a Bélgica, a Espanha, a França, Portugal, a Irlanda, a Itália, o Luxemburgo, a Áustria, a Finlândia e a Holanda.

Este estudo alerta ainda para o aviso da Comissão Europeia às empresas no qual refere que, «existe um risco significativo de que no final do ano 2001 haverá constrangimentos em termos de disponibilidade de recursos na área de TIs (tecnologias de informação) e contabilidade. As empresas enfrentam o risco de não estarem preparadas a tempo e de pagarem mais pelos mesmos produtos ou serviços».

A Cap Gemini Ernest&Young recomenda às empresas a resolução da «questão do euro, cumprir os prazos e ganhar novos negócios no ‘e-business’».

Para as empresas que ainda não iniciaram o processo de adaptação, a consultora aponta para um período entre 12 a 18 meses para «reconstruir os processos de negócio e sistemas».

Embora existam diversas dificuldades a superar, o euro vem permitir «recompensas tremendas». A «Zona Euro irá superar os Estados Unidos em PNB (Produto Nacional Bruto) e em número de potenciais clientes», refere o estudo.

Segundo a Forrester, uma empresa de análise de mercados, «no ano 2000 os Estados Unidos representam actualmente quase três quartos do mercado mundial. Em 2003, irão representar menos de metade do mercado mundial».

A Cap Gemini Ernest&Young é uma consultora de gestão e TIs e apresenta rendimentos globais de 7,7 mil milhões de euros (1,5 mil milhões de contos).