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Empresas portuguesas acreditam em recessão num futuro próximo  

As empresas portuguesas acreditam numa recessão num futuro próximo, segundo as conclusões do relatório europeu de pagamentos 2019, da empresa de serviços de gestão de crédito Intrum.

Paulo Duarte
08 de Julho de 2019 às 19:09
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Em comunicado, o grupo adiantou que o estudo que levou a cabo conclui "que Grécia, Itália e Portugal são os três países mais pessimistas e que acreditam numa recessão a curto prazo, enquanto Dinamarca, Alemanha e Áustria são os países mais positivos e que menos acreditam".

 

A mesma nota dá conta de que "a maioria das empresas inquiridas em Portugal (71%), prevê uma recessão num futuro próximo -- entre um a cinco anos. Esta percentagem é significativamente superior à média europeia, que se situa nos 35%".

 

De acordo com a Intrum, os gestores das empresas pretendem colocar em prática várias medidas para se prepararem em caso de recessão, com 56% dos inquiridos a responder que serão mais "cautelosos a assumir dívidas", 52% a indicar um "planeamento para garantir os pagamentos dos clientes" e 52% a apontarem um corte de custos.

 

No mesmo comunicado, a Intrum referiu que os atrasos nos pagamentos "continuam a causar graves problemas de liquidez para as empresas portuguesas, em que 80% afirma considerar as perdas de crédito uma área de grande preocupação, divergindo da média europeia, que se situa nos 46%".

 

Ainda assim, houve um "decréscimo significativo em Portugal na percentagem de incobráveis, de 2,2% em 2018 para 1,4%, um dos valores mais baixos de sempre, inferior até à média europeia, que se fixa nos 2,3%", salientou a empresa.

 

Os resultados estudo revelaram ainda que "Portugal é o segundo país europeu com a maior percentagem de pagamentos internacionais recebidos (18,2%), apenas ultrapassado pela República Checa (18,4%)".

 

O European Payment Report 2019 é baseado num inquérito levado a cabo em 29 países europeus entre 31 de janeiro e 05 de abril de 2019.

 

Este trabalho conduziu a que, em Portugal, a Intrum tenha reunido dados de 418 empresas e na Europa de 11.856 sociedades para "obter, conhecer e compreender o comportamento de pagamento e a saúde financeira das empresas europeias", revelou o grupo.

 

O inquérito foi colocado a colaboradores com funções de administrador e diretor financeiro, supervisor de crédito, supervisor de negócios e outros semelhantes.

 

 

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