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Emprego manteve subida até setembro com ganho de 0,6% no 3º trimestre

Segundo o INE, população empregada manteve-se acima de 4,9 milhões de pessoas. Desemprego regista subida ligeira, com taxa nos 5,8%.

Mariline Alves
09 de Novembro de 2022 às 11:21
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Apesar das dificuldades reportadas pelas empresas devido à subida de custos, o emprego manteve-se em crescimento no arranque da segunda metade do ano, avança nesta quarta-feira o INE.

 

No terceiro trimestre, a população empregada voltou a superar os 4,9 milhões de pessoas, crescendo 0,6% face ao trimestre anterior, nas últimas estimativas de inquérito ao emprego. A subida representa mais 27,3 mil trabalhadores empregados do que nos meses de abril a junho.

 

Face a um ano antes, o emprego sobe 1%, representando mais 51 mil indivíduos integrados no mercado de trabalho.

 

Em resultado, a taxa de emprego avançou ainda três décimas em termos trimestrais, para os 56,7%. São também mais 0,6 pontos percentuais que um ano antes.

 

Ainda assim, as estimativas apontam também para um aumento no desemprego, a contribuir para a subida em uma décima na taxa de desemprego, para os 5,8%. No segundo trimestre, a taxa de desemprego fixou-se em 5,7%.

 

A estimativa do INE indica que a população desempregada terá aumentado em 2,3% face ao segundo trimestre, com mais sete mil desempregados, para um total de 305,8 mil pessoas.

 

O desemprego mantém-se no entanto 4,1% abaixo de um ano antes, com menos 12,9 mil pessoas contabilizadas como estando sem trabalho.

 

Aumentou contudo a taxa de desemprego jovem, que atingiu 18,8% no terceiro trimestre, crescendo 2,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior (3,8 pontos abaixo de um ano antes).

 

Por outro lado, entre a população desempregada, reduziu-se entretanto o universo do desemprego de longa duração e de muito longa duração. Os dados publicados nesta quarta-feira indicam que a percentagem daqueles que se encontravam desempregados há pelo menos um ano passou aos 42,1%, caindo 8,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior.

 

Neste grupo, os desempregados há mais de 24 meses representavam mais de dois terços, 67,1%, um pouco menos do que no segundo trimestre (1,8 p.p.), mas bastante mais que um ano antes (mais 19,7 p.p.), apontando para maiores dificuldades no regresso ao mercado de trabalho entre aqueles que são classificados pelo INE com estando no desemprego.


No desemprego de longa duração, pesam mais os grupos etários a partir dos 45 anos, as mulheres, e os indivíduos com escolaridade até ao 3º ciclo do ensino básico.

 

No terceiro trimestre, também, a taxa de subutilização do trabalho manteve-se inalterada, nos 11,2%, englobando 603,1 mil pessoas entre desempregados, trabalhadores a tempo parcial que procuram horários completos e desempregados sem procura ativa de emprego.

 

Apesar de esta taxa se ter mantido face ao segundo trimestre, o universo de subutilização do trabalho subiu em 0,4%, mais 2,4 mil pessoas. A contribuir, estiveram os aumentos de desempregados e de inativos à procura de emprego mas não imediatamente disponíveis (mais 10,5%).

 

 

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