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Em Portugal os mais velhos e os casados têm mais poder de compra do que os jovens e os solteiros

Os casados vencem os solteiros e os idosos vencem os novos, no que toca ao poder de compra. Se por um lado, em Portugal, os mais velhos e os casados têm poder de compra, por outro, os jovens e os solteiros têm uma disponibilidade orçamental reduzida.

Os supermercados debatem-se com a subida dos custos de funcionamento.
João Cortesão
23 de Novembro de 2020 às 16:03
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Os casais de meia idade, os casais de reformados e os idosos solitários são os que maior poder de compra têm em Portugal. No espetro oposto, encontram-se os jovens adultos e os trabalhadores solteiros com uma disponibilidade orçamental reduzida, de acordo com o estudo europeu Echangeur Access Panel 2020, do departamento Prospetivo Cetelem, sobre decisões orçamentais e dinâmicas de consumo.

A meio da tabela encontram-se os casais jovens, com uma idade média de 38 anos e um rendimento mensal líquido por unidade de consumo do agregado de 1003 euros, sendo que 6 em cada 10 perfis identificados se encontram abaixo do montante médio mensal. Com rendimentos relativamente baixos e em fase de procura de casa, esta geração recorre à internet para poupar tempo e, em simultâneo, dinheiro.

Entre os dez perfis de consumidores identificados neste estudo enquadram-se três tipos de famílias: as pressionadas, as estrategas e as abastadas. Com o evoluir da pandemia, têm vindo a aumentar as famílias pressionadas, que apenas têm recursos para financiar a compra de bens essenciais.

As famílias estrategas são famílias pertencentes à classe média que, apesar de nem sempre conseguirem satisfazer as suas necessidades supérfluas, otimizam os seus consumos. Não se importando de recorrer ao crédito, para fazer face a despesas inesperadas, ou concretizar novos projetos. Por outro lado, as famílias abastadas têm poses para adquirir todos os produtos e serviços que pretendem, de forma consciente.

Apesar de não terem dependentes, os trabalhadores solteiros sentem-se, em Portugal, pouco confortáveis com os seus rendimentos, o que influencia a forma como consomem e leva a que comprem amiúde somente o essencial. Não obstante, os idosos solitários têm mais despesas do que os jovens, contudo, estes sentem-se particularmente confortáveis com os seus rendimentos, de acordo com os dados do estudo.

Os casais de meia idade são, segundo este estudo, os que têm maior poder de compra, sendo que metade já acabou de pagar a casa e tem capacidade de poupança. São semelhantes aos casais reformados, apresentando um maior rendimento que os mesmos, ainda que tenham mais despesas.

Em média, os agregados portugueses são constituídos por duas a três pessoas (2,7), com 22% das famílias a serem compostas por crianças com menos de 15 anos. A idade média da população é hoje de 49 anos, sendo que 34% dos inquiridos têm mais de 60 anos e apenas 16% menos de 29 anos. Já o rendimento médio líquido mensal de cada membro dos agregados é de 1065€. Um valor que 62% dos inquiridos consideram ser "confortável".

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