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Egipto rejeita pedir auxílio ao Fundo Monetário Internacional

Banco Central do país africano já comunicou inexistência de necessidade de recorrer a ajuda monetária ou financeira.

07 de Fevereiro de 2011 às 17:19
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O ministro das Finanças do Egipto garantiu hoje que o país não vai pedir qualquer auxílio ao Fundo Monetário Internacional (FMI), para compensar as perdas causadas pelos protestos contra o presidente Hosni Mubarak, movimentos que vão já no 14.º dia.

De acordo com Samir Radwan, citado pela agência de notícias oficial egípcia, o governador do Banco Central do Egipto, Farouk el-Okda, enviou na sexta-feira uma mensagem oficial ao FMI a informar que o governo egípcio não precisa de auxílio monetário ou financeiro e a prometer medidas para enfrentar a crise económica.

Diversos analistas divulgaram previsões de arrefecimento do crescimento económico egípcio, em virtude dos protestos políticos, com o banco francês Crédit Agricole, que tem delegações no país a apontar para prejuízos de 310 milhões de dólares (228,23 milhões de euros).

O ministro do Comércio e Indústria, Samiha El-Sayed Ibrahim, afirmou que os protestos, as dificuldades de transporte e o recolher obrigatório provocaram uma queda de 6% nas exportações do Egipto, em Janeiro.

O governo prometeu também já compensar as pessoas afectadas pelos protestos, que tiveram início a 25 de Janeiro, com centenas de milhares nas ruas a exigir a demissão de Mubarak, que há 30 anos governa o país com mão de ferro.

"Existem planos para manter as taxas de crescimento", disse Samiha El-Sayed Ibrahim, numa conferência de imprensa no sábado.

A bolsa de valores do Cairo anunciou hoje que vai reabrir este domingo, depois de duas semanas sem negociar.

Os bancos do Egipto voltaram também a funcionar no passado domingo, mas cada cliente só pode levantar um máximo de 50 mil libras egípcias (6,1 mil euros) por dia.

O governo egípcio ainda não divulgou os prejuízos dos protestos para a economia do país.
A economia cresceu 6% em 2010 e, antes do início dos protestos, a previsão de crescimento era de 5,3 % para 2011, mas as estimativas do Crédit Agricole apontam para os 3,7%.

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