A Itália entrou em recessão no segundo trimestre, invertendo uma tendência de crescimento ininterrupto ao longo da última década, muito por força da queda dos investimentos e das exportações para parceiros comerciais.

A quarta maior economia da União Europeia e a terceira da Zona Euro deverá começar a recuperar no segundo semestre, de acordo com as expectativas dos empresários italianos.

O Produto Interno Bruto (PIB) italiano contraiu 0,1%, no segundo trimestre, uma queda semelhante à dos primeiros três meses do ano, divulgou o Istat, confirmando o relatório preliminar anunciado no mês passado.

O PIB da Zona Euro também contraiu 0,1% no segundo trimestre, confirmou ontem o Eurostat.

Depois de cair para um mínimo de 20 meses em Julho, a confiança dos empresários italianos subiu em Agosto para níveis de há quase um ano, num salto que não que se verificava há duas décadas, revelou ontem o Isae.

A subida das expectativas de uma amostra de 4.000 empresários italianos está ancorada nos sinais de recuperação na Alemanha, França e Estados Unidos, os principais parceiros comerciais da Itália.

O ministro italiano das Finanças, Giulio Tremonti, anunciou este fim-de-semana que o Governo irá congelar o corte de impostos sobre os rendimentos no próximo ano, apostando, em alternativa, nos incentivos ao consumo privado e ao investimento das empresas, assim como no investimento público.