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Economia chinesa regista deflação em julho com preços ao consumidor a cairem 0,3%
Depois de o IPC da China ter subido 2%, no ano passado, Pequim estabeleceu uma meta de crescimento de cerca de 3% para 2023.
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09 de Agosto de 2023 às 07:52
O índice de preços ao consumidor (IPC), o principal indicador da inflação na China, registou uma queda homóloga, de 0,3%, em julho, num fenómeno designado como deflação, segundo dados oficiais divulgados esta quarta-feira.
A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflete debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.
Os analistas apontavam para uma queda de 0,4%, em relação aos preços registados há um ano.
Os preços ao consumidor, que caíram para território negativo pela última vez em fevereiro de 2021, estava à beira da deflação há meses, indicando que a recuperação nos gastos não se materializou, depois de as autoridades terem abolido a política de 'zero' casos de covid-19, no início do ano.
Dong Lijuan, estatístico do Gabinete Nacional de Estatística da China, assegurou que a queda do IPC é uma questão temporária: "Com a recuperação da economia chinesa, a expansão sustentada da procura no mercado, a melhoria contínua da relação entre oferta e procura e a eliminação gradual dos efeitos da última alta base comparativa do ano, espera-se que o IPC recupere gradualmente".
A comparação mensal dos preços ao consumidor, que estava em território negativo há cinco meses consecutivos, acelerou em julho, para 0,2%, surpreendendo os analistas, que esperavam uma nova queda, desta vez de 0,1%.
O especialista indicou que o núcleo da inflação - indicador que elimina a volatilidade dos preços dos alimentos ou energia -- subiu 0,8%, na comparação anual, o valor mais alto desde janeiro, e que os preços dos serviços atingiram o máximo dos últimos 17 meses, ao subir 1,2%.
Depois de o IPC da China ter subido 2%, no ano passado, Pequim estabeleceu uma meta de crescimento de cerca de 3% para 2023.
"Estamos céticos de que a China esteja a entrar num período prolongado de deflação", apontou Evans-Pritchard, analista da consultora Capital Economics, num relatório.
O índice de preços ao produtor (PPI), que mede os preços à saída das fábricas, caiu 4,4%, em julho, menos um ponto percentual do que no mês anterior. Os analistas previam uma queda em torno de 4,1%.
A Capital Economics atribuiu a evolução do PPI à volatilidade dos preços das matérias-primas, desta vez devido ao aumento do custo do petróleo e do gás.
A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflete debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.
Os preços ao consumidor, que caíram para território negativo pela última vez em fevereiro de 2021, estava à beira da deflação há meses, indicando que a recuperação nos gastos não se materializou, depois de as autoridades terem abolido a política de 'zero' casos de covid-19, no início do ano.
Dong Lijuan, estatístico do Gabinete Nacional de Estatística da China, assegurou que a queda do IPC é uma questão temporária: "Com a recuperação da economia chinesa, a expansão sustentada da procura no mercado, a melhoria contínua da relação entre oferta e procura e a eliminação gradual dos efeitos da última alta base comparativa do ano, espera-se que o IPC recupere gradualmente".
A comparação mensal dos preços ao consumidor, que estava em território negativo há cinco meses consecutivos, acelerou em julho, para 0,2%, surpreendendo os analistas, que esperavam uma nova queda, desta vez de 0,1%.
O especialista indicou que o núcleo da inflação - indicador que elimina a volatilidade dos preços dos alimentos ou energia -- subiu 0,8%, na comparação anual, o valor mais alto desde janeiro, e que os preços dos serviços atingiram o máximo dos últimos 17 meses, ao subir 1,2%.
Depois de o IPC da China ter subido 2%, no ano passado, Pequim estabeleceu uma meta de crescimento de cerca de 3% para 2023.
"Estamos céticos de que a China esteja a entrar num período prolongado de deflação", apontou Evans-Pritchard, analista da consultora Capital Economics, num relatório.
O índice de preços ao produtor (PPI), que mede os preços à saída das fábricas, caiu 4,4%, em julho, menos um ponto percentual do que no mês anterior. Os analistas previam uma queda em torno de 4,1%.
A Capital Economics atribuiu a evolução do PPI à volatilidade dos preços das matérias-primas, desta vez devido ao aumento do custo do petróleo e do gás.